Saúde e Bem-estar

Fibromialgia: compreenda a doença e saiba como melhorar a vida

Compreenda a fibromialgia e descubra estratégias eficazes para melhorar a qualidade de vida.

Por Beatriz Fraga

4 mins de leitura

em 16 de maio de 2025, às 09h56

Foto: Divulgação Unimed Sul Capixaba
Foto: Divulgação Unimed Sul Capixaba

A fibromialgia é uma condição crônica que afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes, principalmente das mulheres. Ela vai além da dor física, trazendo uma série de outros sintomas que comprometem o bem-estar. Dessa forma, o entendimento da doença e a adoção de estratégias personalizadas são essenciais para o controle dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida.

O que é a fibromialgia?

Conforme especialistas, fibromialgia é uma desregulação no sistema nervoso que altera a percepção da dor. De acordo com a reumatologista Luiza Vallory Alochio, “estímulos que normalmente não seriam incômodos passam a ser dolorosos. Isso causa uma dor generalizada, com intensidade e padrão variáveis”. Além da dor, os pacientes costumam enfrentar outros sintomas, como:

  • Alterações no sono
  • Fadiga excessiva
  • Dificuldades de memória
  • Oscilações de humor

Esses sintomas podem variar em intensidade ao longo do tempo e dificultam a rotina diária de quem convive com a condição.

O impacto do clima e diagnóstico

A fibromialgia pode ser agravada por fatores externos, como o clima. “O frio leva a uma maior rigidez muscular e articular, além de aumentar a sensibilidade nos pontos de dor”, explica Luiza. Esse aumento na dor e rigidez é um desafio adicional para quem já lida com os sintomas da doença.

Embora a fibromialgia afete basicamente mulheres entre 30 e 50 anos, homens e pessoas de outras idades também podem ser diagnosticados. A condição também é mais comum entre aqueles que já enfrentam outras doenças crônicas. O diagnóstico, que muitas vezes vem após anos de incertezas, traz alívio. Contudo, é importante entender que “a fibromialgia não é progressiva, embora tenha períodos mais difíceis”, destaca a médica.

Estratégias personalizadas para melhorar a qualidade de vida

Conviver com a fibromialgia exige paciência e autoconhecimento. Cada paciente deve desenvolver suas próprias estratégias para lidar com os sintomas. A reumatologista orienta que algumas práticas fazem uma grande diferença:

  1. Atividade física regular – A prática de exercícios ajuda a reduzir a dor e a rigidez muscular.
  2. Alimentação equilibrada – Manter uma dieta saudável pode auxiliar no controle de sintomas.
  3. Sono de qualidade – Dormir bem é fundamental para evitar o cansaço excessivo.
  4. Apoio psicológico – O acompanhamento emocional ajuda a lidar com as oscilações de humor e a fadiga mental.

Tratamento e abordagem multidisciplinar

A médica Luiza enfatiza a importância de estratégias não medicamentosas no tratamento da fibromialgia. “A atividade física orientada e o acompanhamento psicológico são os pilares”. Em alguns casos, medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e moduladores de dor crônica podem ser necessários, mas sempre com acompanhamento de um reumatologista ou especialista em dor.

O cuidado contínuo e a abordagem multidisciplinar são fundamentais para proporcionar bem-estar e autonomia aos pacientes.

C. A., professora, convive com a fibromialgia e cita: “Receber o diagnóstico de fibromialgia foi, ao mesmo tempo, um alívio e um desafio. Alívio por finalmente dar nome às dores constantes, ao cansaço sem explicação e às noites mal dormidas. Desafio porque, desde então, tenho aprendido a lidar com uma condição que não se vê, mas que se sente todos os dias.

Aprendi que não é uma questão de força de vontade, preguiça ou exagero – como muitas vezes escutei. É uma condição real, crônica, e que merece ser tratada com seriedade e respeito. A fibromialgia me ensinou a escutar meu corpo. A desacelerar quando necessário e a valorizar ainda mais os momentos de leveza e bem-estar.”

Com o apoio certo e uma rotina personalizada, é possível viver bem com fibromialgia. O mais importante é que o paciente entenda sua condição, se responsabilize pelo autocuidado e busque o acompanhamento adequado. Dessa forma, é possível melhorar a qualidade de vida e lidar melhor com os desafios diários impostos pela doença.

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