Saúde e Bem-estar

Veneno de sapo pode ajudar a prevenir o AVC, diz estudo da UnB

Veneno de sapo da Mata Atlântica pode ajudar na prevenção do AVC e da pressão alta.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 24 de jun de 2025, às 14h03

Foto: Redes Sociais
Foto: Redes Sociais

De acordo com informações, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) descobriram que o veneno de um pequeno sapo da Mata Atlântica pode ajudar na prevenção de problemas sérios, como pressão alta, doenças no coração e até AVC (Acidente Vascular Cerebral).

O sapo, chamado Brachycephalus ephippium, mede menos de 2 cm e tem cor amarela ou alaranjada. A toxina extraída dele foi transformada em uma molécula de laboratório com potencial para virar remédio.

Como essa substância age no corpo?

Ela ajuda os vasos sanguíneos a relaxarem, melhorando a circulação e controlando a pressão. Isso acontece porque a toxina estimula a produção de uma substância natural do corpo chamada óxido nítrico, que faz os vasos se dilatarem, facilitando a passagem do sangue.

Com isso, ela pode reduzir os riscos de entupimentos, melhorar o fluxo sanguíneo e prevenir problemas como infarto e AVC.

O que é AVC?

O AVC, também chamado de derrame, acontece quando o sangue para de chegar a alguma parte do cérebro, o que provoca a morte de células na região afetada. Existem dois tipos principais:

  • AVC Isquêmico:
    Acontece quando um vaso do cérebro entope, geralmente por causa de gordura, placas ou coágulos. É o tipo mais comum e representa cerca de 85% dos casos.
  • AVC Hemorrágico:
    Acontece quando um vaso se rompe, causando sangramento dentro do cérebro. Geralmente está ligado à pressão alta descontrolada ou à ruptura de um aneurisma.

Nos dois casos, as consequências podem ser muito graves, como perda de movimentos, fala ou até levar à morte.

Por que essa descoberta é tão importante?

Porque a substância encontrada no veneno do sapo atua justamente na proteção dos vasos. Ela ajuda a controlar a pressão, melhora o funcionamento das artérias e diminui os riscos de entupimentos e rompimentos que levam ao AVC.

Além disso, essa molécula é fácil de ser produzida em laboratório e pode se transformar, no futuro, em um remédio acessível para quem sofre de pressão alta ou problemas circulatórios.

E agora? O que vem pela frente?

Os testes feitos em animais mostraram ótimos resultados. O próximo passo é testar a substância em humanos, para garantir que ela é segura e funciona de verdade nas pessoas.

Os pesquisadores agora buscam apoio e financiamento para transformar essa descoberta em um tratamento inovador que pode salvar milhares de vidas no Brasil e no mundo.

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