Saúde e Bem-estar

FOP: saiba o que é; ele pode gerar de enxaqueca a AVC

O forame oval patente pode exigir cirurgia quando há risco de AVC, enxaquecas ou sintomas persistentes.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 01 de jul de 2025, às 09h18

Foto:  Freepik
Foto: Freepik

O forame oval patente (FOP) é uma abertura natural entre os átrios do coração, presente durante a vida fetal. Ele permite que o sangue circule sem passar pelos pulmões, ainda inativos. Após o nascimento, essa abertura costuma se fechar. No entanto, em algumas pessoas, ela permanece aberta. Esse quadro recebe o nome de forame oval patente (FOP).

Por que o FOP preocupa?

Embora o FOP permaneça assintomático na maioria dos casos, ele pode causar problemas sérios. Por exemplo, permite a passagem de coágulos do lado direito para o lado esquerdo do coração. Esses coágulos podem seguir até o cérebro, provocando acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, o FOP se relaciona a enxaquecas com aura, baixa oxigenação do sangue e risco aumentado de doença descompressiva em mergulhadores.

Como detectar o forame oval patente (FOP)?

Os médicos geralmente descobrem o FOP durante exames cardíacos. O mais utilizado é o ecocardiograma com contraste, que detecta o fluxo anormal entre os átrios. Casos mais complexos podem exigir cateterismo cardíaco. Aqui, em Cachoeiro de Itapemirim, é possível fazer o ecocardiograma  transesofágico.

Quando optar pela cirurgia?

Os cardiologistas indicam a cirurgia de fechamento do forame oval patente em situações específicas. Veja os principais critérios:

  • Histórico de AVC ou embolia inexplicável
  • Enxaquecas com aura persistentes
  • Sintomas como falta de ar ou palpitações
  • Falha no tratamento medicamentoso
  • Risco elevado por atividades como mergulho

Como funciona a cirurgia?

Os cirurgiões realizam o fechamento percutâneo. Durante o procedimento, eles inserem um cateter pela virilha e posicionam um pequeno dispositivo que sela o FOP. O paciente costuma receber alta no mesmo dia.

Vale a pena operar?

A cirurgia reduz o risco de AVC e pode melhorar sintomas. Contudo, também envolve riscos, como hematomas, coágulos ou reações ao dispositivo. Por isso, o olhar médico multidisciplinar, principalmente com cardiologistas e neurologistas, deve avaliar cuidadosamente cada caso. O FOP exige atenção individualizada. Embora muitas pessoas convivam com ele sem problemas, outras podem se beneficiar do fechamento cirúrgico. Avaliações com especialistas garantem decisões seguras e personalizadas.

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