Saúde

Brasil retoma produção de insulina 100 % nacional

Primeiro lote de insulina nacional chega após 20 anos, reforçando autonomia do SUS.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 14 de jul de 2025, às 10h03

Foto; Divulgação | Sesa
Foto; Divulgação | Sesa

O Ministério da Saúde recebeu, em 11 de julho de 2025, o primeiro lote de insulina glargina fabricada no Brasil, na fábrica da Biomm em Nova Lima (MG). A medida beneficia diretamente cerca de 350 mil pacientes com diabetes atendidos pelo SUS. conforme especialistas, esse avanço marca o retorno da produção local após 20 anos de dependência de importações.

Estrutura da parceria e transferência de tecnologia

De acordo com o Ministério da Saúde, o projeto ocorre dentro da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), firmada entre Ministério da Saúde, Fiocruz/Biomanguinhos, Biomm e farmacêutica chinesa Gan & Lee. Essa aliança garante, assim, a produção nacional do insumo ativo (IFA) na planta da Fiocruz em Eusébio (CE) e o envase em Minas Gerais.

Produção em escala e impacto para o futuro

O plano prevê a entrega de 20 milhões de frascos de insulina glargina em 2025. A longo prazo, a meta alcança 70 milhões de unidades anuais — fortalecendo a autonomia nacional e reduzindo dependência externa.

Benefícios para o SUS e os pacientes

  • Mais segurança no abastecimento: diminuição de rupturas nas farmácias do SUS.
  • Menor custo: o governo ampliou orçamento para R\$ 1 bilhão em 2025, aumentando em 20 % o valor destinado à compra de insulina.
  • Desenvolvimento regional: a fábrica no Nordeste impulsiona o Complexo Econômico‑Industrial da Saúde.

Próximos passos e desafios

Agora, o IFA começará a ser produzido integralmente no Brasil, o que exige continuidade da transferência tecnológica e consolidação da cadeia produtiva. Além disso, o SUS mantém a oferta de insulinas humanas (NPH e regular) e análogas de ação rápida e prolongada.

A chegada do primeiro lote representa um marco na saúde pública. O Brasil retoma a produção nacional de insulina, fortalece o SUS e amplia a segurança no tratamento do diabetes. A continuidade do projeto pode garantir mais autonomia, economia e acesso ao medicamento para milhões de brasileiros.

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