Criança de 12 anos morre em parto; saiba mais
Criança de 12 anos morre em parto. Veja os riscos de saúde - física e mental - que crianças e jovens correm sem orientação e proteção.

Em Betim, Minas Gerais, o enterro do corpo de garota de 12 anos que morreu no parto aconteceu no dia 15/7. Com cerca de 32 semanas de gestação, a adolescente chegou a ser internada com sintomas delicados e teve o filho retirado por meio da realização de uma cesariana, mas não resistiu a uma hemorragia cerebral ocorrida no parto. A criança está estável.
De acordo com informações veiculadas na mídia, a gravidez da menina foi descoberta tarde, quando ela começou a ter vários sintomas típicos, como enjoo, mal estar e perda de apetite. De acordo com alguns parentes, ela não contou à família sobre a gestação por não entender o que estava acontecendo de fato com a sua vida. O genitor do recém-nascido, que tem 22 anos de idade, morava na mesma comunidade. Esse caso configura, desse modo, estupro de vulnerável e a polícia deve investigá-lo para obter mais detalhes.
Problemas gerados por gravidez precoce
A gravidez na adolescência pode acarretar uma série de problemas físicos e emocionais para a jovem mãe e o bebê. Riscos físicos incluem complicações durante a gravidez e o parto, como pré-eclâmpsia, aborto, parto prematuro, anemia e baixo peso ao nascer.
Além disso, bebês de mães adolescentes têm maior probabilidade de nascer com baixo peso, o que pode causar problemas de desenvolvimento. Adolescentes podem ter mais dificuldades no trabalho de parto, necessitando de cesariana.
Emocionalmente, a gravidez precoce pode levar a estresse, depressão, ansiedade, baixa autoestima, isolamento social e dificuldades de adaptação à maternidade, além de interrupção dos estudos e dificuldades de inserção no mercado de trabalho.
A falta de planejamento e apoio social, além do julgamento alheio, podem provocar imensa insegurança e sentimento de culpa, levando à autopunição e ao distanciamento das pessoas
De acordo com especialistas, a gravidez pode levar ao isolamento social, com perda de amigos e dificuldades de adaptação à nova realidade. A gravidez precoce frequentemente interrompe os estudos da adolescente, dificultando a entrada no mercado de trabalho e a independência financeira. A falta de educação e oportunidades de trabalho pode perpetuar, dessa forma, um ciclo de pobreza para a mãe e o bebê.
É importante ressaltar que esses riscos podem ser agravados pela falta de apoio familiar, social e acesso a serviços de saúde e educação. O suporte emocional, psicológico e material é fundamental para minimizar os impactos negativos da gravidez na adolescência.
Responsáveis devem monitorar suas filhas, com educação sexual, espaço de diálogo e colocação de limites claros e combinados.
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