Estudos recentes mostram que manter a vacinação em dia contra gripe e Covid-19 não só previne infecções respiratórias, como também reduz eventos cardiovasculares graves, incluindo infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Pesquisas multicêntricas indicam que pessoas imunizadas apresentam até 41% menos risco de morte por causas cardiovasculares em um ano, comparadas às não vacinadas.

O efeito protetor está relacionado à redução de processos inflamatórios que podem desestabilizar placas de aterosclerose e favorecer a formação de coágulos, prevenindo obstruções em artérias coronárias e cerebrais.

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Redução de hospitalizações e mortalidade

Estudos com pacientes que sofreram infarto mostram que a imunização diminui não mortalidade. Além disso, também a necessidade de internações e complicações da insuficiência cardíaca. No caso da Covid-19, vacinados têm até 37% menos necessidade de UTI e redução de cerca de 30% na mortalidade em um ano.

O vírus sincicial respiratório, que também possui imunizante, aumenta o risco de eventos cardiovasculares graves em até 18 vezes em adultos, reforçando a importância da imunização como estratégia preventiva.

Vacinação como ferramenta de saúde pública

Diretrizes internacionais, incluindo a Sociedade Europeia de Cardiologia, incorporam a vacinação contra influenza e Covid-19 na prevenção secundária de cardiopatas e idosos. No Brasil, o SUS disponibiliza vacinas para grupos de risco, mas a cobertura vacinal ainda é inferior ao desejável, sendo necessária maior adesão da população.

Incorporar a vacinação na rotina de pacientes com risco cardiovascular reduz complicações e mortes, além de representar uma intervenção eficiente de saúde pública.