Setembro amarelo acabou, mas a preocupação com saúde mental, não
Saúde mental preocupa cada vez mais brasileiros e exige estratégias pessoais e políticas públicas para enfrentar o estresse.

O Brasil ocupa a quarta posição mundial em estresse, de acordo com pesquisa Ipsos de 2024. O levantamento apontou que 42% dos brasileiros se sentem frequentemente estressados, acima da média global. Esse dado reflete não apenas pressões no trabalho e vida pessoal, mas também desigualdades sociais e ausência de políticas públicas consistentes. A pesquisa ouviu mais de 23 mil pessoas em 31 países e mostrou que, no Brasil, a saúde mental já ocupa, desse modo, o topo das preocupações em saúde.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiO aumento é expressivo. Em 2018, apenas 18% consideravam a saúde mental prioridade. Durante a pandemia, o índice saltou para 40% em 2021 e cresceu, principalmente, ano a ano: 49% em 2022, 52% em 2023 e 54% em 2024. O estresse, embora natural em situações de pressão, quando se mantém constante gera impactos sérios no corpo e na mente. O resultado aparece, assim, em noites mal dormidas, queda de humor, enfraquecimento da imunidade e relações pessoais abaladas.
Sinais de alerta
Conforme psicólogos, os sintomas que não podem ser ignorados são:
- Dificuldade de concentração
- Esquecimento frequente
- Irritabilidade e tristeza persistente
- Alterações de apetite
- Insônia
- Dores musculares e cefaleias
Eles alertam desse modo: isolamento, queda de rendimento ou uso de álcool e comida como fuga exigem busca imediata por ajuda profissional.
Saúde mental – vulnerabilidades e enfrentamento
O estresse excessivo pode estar ligado a:
- Personalidade ansiosa
- Histórico familiar de transtornos psiquiátricos
- Experiências traumáticas
- Falta de apoio social
- Precariedade financeira
Entre as estratégias eficazes de enfrentamento estão:
- Psicoterapia
- Mindfulness
- Técnicas de respiração e relaxamento
- Higiene do sono
- Atividade física regular
- Apoio psiquiátrico em casos específicos
Desafios e perspectivas
Psiquiatras reforçam que medicamentos não devem ser a primeira escolha sem diagnóstico psiquiátrico. Terapia cognitivo-comportamental, mudanças no estilo de vida e fortalecimento da rede de apoio social são prioridades. Ele ressalta que o estresse não é apenas uma questão individual: o país precisa de políticas públicas de apoio, acesso ampliado ao atendimento e combate ao estigma cultural.