A saúde mental dos meninos em uma sociedade machista
Meninos enfrentam sofrimento emocional silencioso em uma cultura que desvaloriza a vulnerabilidade masculina.

Desde cedo, muitos meninos crescem ouvindo que “homem não chora” e “precisa ser forte o tempo todo”. Esse roteiro social, moldado por séculos de cultura patriarcal, transforma, assim, emoções em fraqueza e o silêncio em prova de virilidade. Assim, a dor emocional se esconde sob camadas de orgulho, medo e solidão.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiPor trás do desempenho escolar, das brincadeiras e da aparente autoconfiança, há meninos que enfrentam ansiedade, tristeza e insegurança, mas não encontram espaço seguro para falar sobre isso. Muitos acreditam, dessa forma, que demonstrar vulnerabilidade os tornará menos aceitos — e acabam reprimindo sentimentos que poderiam ser curados com escuta e afeto.
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Sinais de alerta na saúde mental dos meninos
Pais e educadores precisam observar mudanças sutis no comportamento. Alguns sinais merecem atenção:
- Irritabilidade constante e explosões de raiva;
- Isolamento social repentino;
- Queda no rendimento escolar;
- Distúrbios do sono ou do apetite;
- Falas autodepreciativas ou apatia prolongada.
Reconhecer esses indícios não é invadir — é perceber que o silêncio também fala.
Como acolher sem invadir
O diálogo é essencial, mas precisa de sensibilidade. Algumas atitudes ajudam:
- Escute mais do que fale;
- Evite julgamentos ou comparações;
- Mostre que chorar não é fraqueza;
- Elogie o esforço, não apenas o resultado;
- Ofereça ajuda profissional com naturalidade, sem forçar.
Criar um espaço de confiança permite que o menino se reconheça humano, capaz de sentir, errar e pedir ajuda. Afinal, cuidar da saúde mental é um ato de coragem — não de fraqueza.
Com informções do portal Veja.