Saúde e Bem-estar

Jejum de 21 dias de água não cura o câncer e ameaça a saúde

Jejum de água por 21 dias não elimina células cancerosas e pode colocar a vida em risco.

A foto mostra pessoa bebendo água
Foto: Freepik

Nas redes sociais, o jejum de água por 21 dias ganhou fama como um suposto método para “matar de fome” o câncer e purificar o corpo. A ideia parece simples e até libertadora — basta parar de comer e deixar o corpo “se curar sozinho”. No entanto, a ciência mostra que essa prática é não apenas ineficaz, mas também perigosa. O corpo humano precisa de energia e nutrientes para manter as funções vitais, especialmente durante o tratamento oncológico.

Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aqui

Pesquisadores afirmam que o câncer não é uma doença única e que o metabolismo não muda de “doente” para “saudável” com a falta de comida. Embora o jejum altere a forma como as células usam energia, não há provas científicas de que ele elimine tumores. Pelo contrário: jejuns longos podem causar desidratação, desequilíbrio eletrolítico e enfraquecimento do sistema imunológico, agravando o quadro clínico.

Leia também – Brasileira cria caneta que detecta câncer em 10 segundos e impacta médicos

Jejum e câncer: o que a ciência realmente sabe

Estudos recentes mostram que períodos curtos de jejum, entre 12 e 72 horas, podem influenciar o metabolismo celular. No entanto, esses efeitos desaparecem após a realimentação. Pesquisas de 2024 revelam que o jejum estimula a regeneração das células-tronco, mas também cria uma janela de vulnerabilidade em que mutações perigosas podem ocorrer, aumentando o risco de tumores.

Um jejum de 21 dias, portanto, não “purifica” o corpo. Ele agrava a desnutrição, reduz a capacidade do organismo de metabolizar medicamentos e intensifica os efeitos colaterais de quimioterapias e radioterapias.

A falsa promessa da “desintoxicação”

O mito da desintoxicação ignora o fato de que o corpo já possui mecanismos naturais para eliminar toxinas, como o fígado e os rins. Nenhum estudo em humanos comprovou que o jejum prolongado destrói células cancerosas. Na prática, ele priva o corpo dos nutrientes necessários à regeneração dos tecidos e à resposta imunológica.

Pesquisadores continuam estudando o impacto da alimentação no metabolismo e no câncer, mas alertam: privar o corpo de água e comida por semanas não é cura, é risco. A esperança deve vir da informação correta e dos tratamentos validados pela ciência.

Com informações do portal Globo.

Formada em Letras e Direito, com especialização em Linguística, Literatura e Publicidade & Propaganda. Possui experiência em Gestão Pública e Pedagógica. Atua na editoria de Saúde e Bem-Estar do AQUINOTICIAS.COM, na plataforma Viva Vida.