Diretrizes da OMS transformam cuidados de infertilidade no mundo
OMS lança diretrizes inéditas que reorganizam o cuidado global em infertilidade. Fique por dentro.

De acordo com informações da OMS, os cuidados em fertilidade ganham um novo rumo global. A Organização Mundial da Saúde publicou, assim, nesta semana, as primeiras diretrizes para prevenção, diagnóstico e tratamento da infertilidade. O documento, que reúne recomendações práticas, busca reduzir desigualdades, ampliar o acesso e, além disso, integrar o tema aos sistemas de saúde. Dessa forma, a OMS reforça que a infertilidade atinge uma em cada seis pessoas em idade reprodutiva e, portanto, exige atenção constante.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiO órgão destaca que milhões enfrentam estigma e custos elevados para engravidar. Além disso, muitos países ainda não incorporam a infertilidade às políticas públicas, o que, consequentemente, mantém a condição subdiagnosticada e subtratada. Por isso, a diretriz orienta governos e profissionais a adotarem ações baseadas em evidências, com foco na equidade, na humanização e no cuidado integrado.
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Prevenção com foco no estilo de vida
A OMS recomenda medidas simples e acessíveis para prevenir infertilidade. A orientação inclui promoção de hábitos saudáveis, combate ao tabagismo, redução do consumo de álcool e atenção ao peso corporal. Além disso, a entidade reforça que informações sobre fertilidade devem chegar a escolas, unidades básicas e serviços de saúde sexual e reprodutiva. Assim, as políticas ampliam o alcance das orientações e fortalecem a prevenção.
Diagnóstico racional e custo-efetivo
A diretriz propõe uma investigação estruturada. Para mulheres com ciclos regulares, a ovulação deve ser confirmada preferencialmente com dosagem de progesterona. A idade permanece como principal indicador de reserva ovariana. Ao mesmo tempo, a avaliação das tubas uterinas deve priorizar exames como HSG ou HyCoSy. No caso masculino, o espermograma só deve ser repetido quando houver alteração relevante, evitando, assim, exames desnecessários.
Tratamentos definidos por evidências
Entre mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, o letrozol surge como primeira escolha. Caso contrário, quando o medicamento falha, a OMS sugere gonadotrofinas e, posteriormente, fertilização in vitro. Nas doenças tubárias, a indicação depende da gravidade e da idade. Para homens com varicocele clínica, o tratamento cirúrgico é recomendado. Já nos casos inexplicados, o manejo segue três etapas: acompanhamento, inseminação e FIV, garantindo, assim, um percurso progressivo.
Diretrizes adaptáveis a cada país
A OMS reforça que cada nação deve adaptar as recomendações ao próprio contexto. Por fim, a integração do cuidado reprodutivo deve respeitar direitos, considerar impactos sociais e prever atualizações futuras sobre temas ainda em expansão.
Baseado em informações do portal Globo.