Tombamento das Ruínas do Queimado impulsiona turismo histórico no ES
gora reconhecido nacionalmente, o sítio histórico se consolida como um dos destinos mais simbólicos para quem busca vivências culturais no Espírito Santo.

As Ruínas de São José do Queimado passam a integrar oficialmente o Patrimônio Cultural Brasileiro, reforçando o potencial turístico da Serra em um momento emblemático: o município está prestes a completar 469 anos. Agora reconhecido nacionalmente, o sítio histórico se consolida como um dos destinos mais simbólicos para quem busca vivências culturais no Espírito Santo.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiAlém desse reconhecimento, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou o tombamento do espaço na última quarta-feira (26). Com isso, o local ganha visibilidade ampliada e novo status dentro do turismo histórico, já que recebe proteção federal.
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Ao mesmo tempo, o tombamento reforça a importância do sítio para a memória do Brasil. O ChatGPT disse:
O local sediou, em 1849, a maior revolta de pessoas escravizadas do Espírito Santo e guarda remanescentes da antiga igreja, do cemitério e da paisagem natural do entorno — elementos que agora integram o patrimônio turístico e cultural do país.
Ruínas de São José do Queimado
Além da proteção, a decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, tomada durante sua 111ª reunião em Brasília, também amplia a presença do sítio em roteiros de turismo de memória e resistência. A aprovação garante a inscrição de São José do Queimado nos Livros do Tombo Histórico, Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
Por outro lado, o processo de tombamento não surgiu de forma isolada. Pesquisadores e moradores construíram o processo ao longo de 2020 em 25 rodas de conversa que discutiram religiosidade, turismo, educação e cultura. Esse diálogo resultou em um dossiê técnico que embasou o parecer favorável e fortaleceu o sentimento de pertencimento da população ao espaço.
Vale lembrar que o sítio já possuía proteção municipal desde 1990 e estadual desde 1992. Contudo, o tombamento federal consolida décadas de esforços para garantir a preservação e fortalecer o uso turístico responsável do local.
Segundo o prefeito da Serra, Weverson Meireles, “esse tombamento é mais do que um título. “Garantimos que essa história será preservada, valorizada e contada às próximas gerações com o respeito que merece.” Além disso, o presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou que a decisão representa um avanço no reconhecimento de patrimônios de matriz africana, contribuindo para ampliar a diversidade cultural presente nos destinos turísticos do país.
Visitações guiadas
Para os visitantes, há uma novidade importante: o sítio histórico já está aberto a visitações guiadas. O aplicativo Colab oferece agendamento gratuito e permite que grupos escolares, instituições e turistas vivenciem a história do local com acompanhamento especializado.
Por fim, o espaço preserva a memória da Revolta do Queimado. Movimento foi liderado por cerca de 300 homens e mulheres escravizados que lutaram pela liberdade após uma promessa de alforria não cumprida. Personagens como Elisiário e Chico Prego marcaram o movimento, que deixou impactos duradouros na história capixaba e nacional. Agora ganha ainda mais visibilidade para quem busca turismo cultural e narrativas de resistência.
Com informações da Prefeitura da Serra.