Capixaba relata esperança após terapia com polilaminina

Um paciente do SUS, da cidade de Iconha, no Espírito Santo, recebeu polilaminina após autorização da Justiça Federal. O tratamento experimental para lesão medular segue com acompanhamento médico, apresenta evolução estável e busca favorecer a reorganização das conexões nervosas, embora ainda aguarde liberação da Anvisa.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA polilaminina faz parte de uma linha de pesquisa coordenada pela professora Tatiana Coelho de Sampaio, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desenvolvida ao longo de mais de duas décadas, a substância deriva da laminina, proteína associada ao desenvolvimento do sistema nervoso.
Leia também – Paciente do SUS capixaba recebe polilaminina após liberação judicial
A equipe responsável reuniu especialistas de diferentes áreas. O neurocirurgião Dr. Bruno Alexandre Cortes veio do Rio de Janeiro para realziar o procedimento e aplicar a polilaminina. O trabalho contou ainda com a participação do médico capixaba Dr. Olavo Franco, que integra a equipe multidisciplinar envolvida no acompanhamento do caso. Dessa forma, a ação articulou ciência, decisão judicial e assistência médica especializada. O paciente seguirá sob monitoramento prolongado para avaliação dos resultados.
Decisões judiciais ampliam o uso experimental
Além do Espírito Santo, decisões judiciais autorizaram o uso experimental da polilaminina em pacientes com lesão medular aguda no Rio de Janeiro e na Bahia. Nessas situações, a aplicação depende da ausência de impedimentos médicos e do cumprimento das determinações legais.
A articulação entre governo estadual, Justiça, equipe médica e familiares permitiu o acesso do paciente capixaba ao tratamento fora dos trâmites convencionais. Enquanto isso, o laboratório responsável informou que segue cumprindo as decisões judiciais e mantém a substância em avaliação junto à Anvisa. Há expectativa de parcerias para acelerar o desenvolvimento da tecnologia no SUS, com apoio da UFRJ e da indústria farmacêutica Cristália.
Esperança e cautela na medicina regenerativa
Especialistas reforçam que, embora os primeiros resultados animem, ainda é cedo para afirmar eficácia definitiva. A substância passa por fases de estudo clínico e depende de autorização regulatória para uso mais amplo no país. Ainda assim, o caso marca um momento histórico no tratamento de lesões medulares no Brasil e reacende a esperança de milhares de pacientes com limitações motoras graves, como o depoimento de Luiz Fernando, de Iconha, comprova: