Pelourinho? Não! Descubra cantinho do ES que abriga belíssimo casario colonial
Situado às margens do rio Cricaré, o Sitio Histórico Porto de São Mateus traz em seu conjunto a mescla de passado e presente
Conhecida por suas belas e badaladas praias, a cidade de São Mateus, localizada ao Norte do Espírito Santo, também abriga destinos cheios de história e cultura. É o caso do Sítio Histórico do Porto: Conjunto arquitetônico de casarões construídos nos séculos XVII e XIX, tombado em 1976 pelo Conselho Estadual de Cultura.
Situado às margens do rio Cricaré, o Sitio Histórico Porto de São Mateus traz em seu conjunto a mescla de passado e presente, sempre com grande conotação cultural. Prova disso é que o mesmo Porto que hoje pulsa com os projetos atuais, é também aquele que representa parte importante da trajetória mateense e capixaba. Sobretudo no que tange aos tempos de colônia e império.
Antes do início do Ciclo do Café, no século XIX, a região de São Mateus já chamava a atenção pela bela arquitetura de seus casarios coloniais. Este conjunto deu origem ao Sítio Histórico Porto de São Mateus que abriga a Casa da Cultura Largo do Chafariz.
O Porto de São Mateus teve grande importância na economia e desenvolvimento da região. Além disso, é considerado um dos mais importantes porto negreiro do Brasil Colônia. Nessa época, São Mateus fazia do trabalho escravo o seu maior sustento da economia e ali, foi cenário dessa parte da história.
A área situada próxima ao rio e ao porto tornou-se um centro aristocrático e o principal núcleo de atividades da população. Essa aristocracia local trouxe arquitetos portugueses que edificaram a maioria dos casarões do porto. Estas características arquitetônicas persistem na atualidade.
Sobre São Mateus
Localizada a 215 km da capital, São Mateus é um verdadeiro tesouro do Espírito Santo! Com seus 124 mil habitantes, a cidade encanta com o charme do Casario do Porto, um patrimônio histórico protegido que reflete sua rica cultura.
A saber, a região de São Mateus foi uma das mais remotamente ocupadas por portugueses no Espírito Santo durante o século XVI. Foi em 1558 que ocorreu um dos mais sangrentos massacres a índios Tupis, promovido pelos portugueses. Uma resposta da Coroa Portuguesa à morte de Fernão de Sá, filho do então governador-geral do Brasil, Mem de Sá. No século seguinte, o tráfico abastecia a localidade com escravos negros, o que foi marcante para a trajetória histórica local, dos pontos de vista social, econômico e cultural.
Até o final do século XIX, a produção de farinha de mandioca foi a base da economia da região. Portanto, sendo elemento fundamental para a estruturação do porto fluvial da cidade. A área do entorno do porto tornou-se gradativamente o principal núcleo de atividades da população, notadamente aquelas ligadas ao comércio, inclusive às transações de escravos.
Nessa época, foram trazidos arquitetos portugueses que edificaram a maioria dos casarios do porto – uma mostra dos tempos de prosperidade do lugar. Porém, o crescimento da região portuária durou apenas até as primeiras décadas do século XX.
Depois disso, a existência de casas de prostituição no local foi a responsável pela preservação do casario. A restauração se deu nos anos 1980, com recursos da então Aracruz Celulose. O patrimônio material e imaterial de São Mateus tem origem nessa história.
** Com informações da Setur
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