Saúde e Bem-estar

A febre de bebê reborn e seus efeitos na saúde mental: atenção!

O uso excessivo de bebês reborn pode revelar problemas de saúde mental.

Por Beatriz Fraga

3 mins de leitura

em 30 de abr de 2025, às 09h49

Foto: Freepik
Foto: Freepik

O aumento da popularidade dos bebês reborn nas redes sociais levanta preocupações sobre saúde mental e relacionamentos interpessoais. Esses bonecos, extremamente realistas, são frequentemente usados por adultos que buscam preencher lacunas emocionais, mas o uso excessivo pode ter sérios efeitos psicológicos.

A Síndrome de Annabelle: um alerta psicológico

O fenômeno de se apegar a bebês reborn pode ser comparado à Síndrome de Annabelle, um conceito que alerta, principalmente, sobre os riscos de uma relação obsessiva com objetos inanimados. Isso pode levar a:

  • Desconexão emocional: Substituição de interações reais por laços com o boneco.
  • Apego excessivo: Buscar carinho e atenção em um objeto, em vez de nas pessoas.

Carência emocional e pseudomaternidade

Por trás do crescente uso de bebês reborn, muitas vezes, há uma carência emocional profunda. Essa prática pode resultar, principalmente, em:

  • Preenchimento de lacunas afetivas: Pessoas com dificuldades em estabelecer vínculos reais podem buscar nos bonecos uma forma de se sentir amadas e necessárias.
  • Pseudomaternidade: Tratar o boneco como um substituto de um filho real, criando uma falsa sensação de maternidade.
  • O exercício do poder: Um boneco está à mercê do poder do adulto, pois, por ser inanimado, não apresenta vontade própria,

O impacto das redes sociais

As redes sociais têm um papel importante na popularização desse comportamento. O que acontece nas plataformas digitais é muitas vezes incentivado por:

  • Busca por validação: A aprovação online pode reforçar o uso excessivo de bebês reborn.
  • Ciclo de isolamento: Ao receber atenção nas redes, a pessoa pode se distanciar ainda mais de relacionamentos reais.

Exagero que preocupa: limites e perigos

Embora o uso de bebês reborn não seja, em si, um problema, o exagero pode gerar sérias consequências psicológicas, como:

  • Dependência emocional: A dependência de um objeto pode mascarar a falta de vínculos reais.
  • Dificuldade de estabelecer relações saudáveis: A obsessão pode prejudicar a capacidade de se conectar emocionalmente com outras pessoas.

O uso de bebês reborn como um substituto emocional pode ser, assim, perigoso se levado ao excesso. É importante reconhecer sinais de isolamento social e carência emocional, buscando ajuda psicológica quando necessário. A chave está, desse modo, em encontrar equilíbrio e não deixar que a relação com um objeto substitua conexões humanas genuínas.

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