Atividade física combate depressão: estudos comprovam
Exercícios físicos comprovadamente auxiliam no tratamento da depressão.

A depressão tem se tornado um problema crescente em todo o mundo, afetando mais de 280 milhões de pessoas, de acordo com dados recentes. No Brasil, estima-se que entre 10% a 17% da população conviva com sintomas como tristeza profunda, desânimo e perda de interesse pela rotina. Esse aumento de 45% nos últimos 30 anos exige estratégias mais eficazes para o enfrentamento do transtorno.
Estudo revela os benefícios da atividade física
Um estudo recente, publicado no The British Medical Journal, reforçou os benefícios da atividade física no tratamento da depressão. A pesquisa destacou que exercícios como caminhada, corrida, natação e outras atividades aeróbicas têm efeitos semelhantes aos de medicamentos, principalmente quando realizados sob orientação adequada.
Conforme o psiquiatra da Unimed Sul Capixaba, Ezanilton Delson, a prática regular de atividades físicas atua diretamente na regulação dos neurotransmissores como serotonina e endorfina. Esses compostos estão diretamente ligados à sensação de bem-estar e são essenciais para o controle da depressão. “Além do impacto fisiológico, o exercício também ajuda a estruturar a rotina, melhora o sono e eleva a autoestima, aspectos fundamentais na recuperação do paciente com depressão”, afirma o especialista.
Caminhada orientada: uma solução acessível
A Unimed Sul Capixaba promove a Caminhada Orientada, parte do projeto Movimento Saúde, que visa, assim, a promoção de hábitos saudáveis e a prevenção de doenças. Realizada na Avenida Beira Rio, em Cachoeiro de Itapemirim, a caminhada oferece aos participantes a oportunidade de exercitar tanto o corpo quanto a mente ao ar livre. Dessa forma, a atividade é aberta a clientes e não clientes da cooperativa, mediante inscrição e avaliação física no local.
O impacto positivo do exercício no cérebro
O exercício físico libera substâncias que influenciam diretamente no humor e no bem-estar. Durante a atividade, o corpo libera endorfinas, dopamina, serotonina e noradrenalina, neurotransmissores fundamentais para aliviar a dor, melhorar o humor, aumentar a motivação e manter o alerta. “Essa resposta química no organismo é crucial para reduzir os sintomas da depressão e ajudar a equilibrar as emoções”, explica Dr. Ezanilton.
Movimento e reconexão social
A psicóloga da Unimed Sul Capixaba, Juliana Xavier, destaca que o exercício físico também serve como um convite à reconexão social. Durante quadros depressivos, muitas vezes, as relações sociais ficam comprometidas, e o movimento do corpo pode ser um primeiro passo para a reconstrução dessas conexões. “Embora o exercício não substitua a terapia ou o uso de medicamentos, ele é um complemento valioso para uma vida com mais sentido e leveza”, conclui Juliana.
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