Saúde e Bem-estar

Autismo: diagnóstico precoce muda tudo na infância

Diagnosticar o autismo cedo ajuda no desenvolvimento da criança - saiba como

Por Beatriz Fraga

3 mins de leitura

em 25 de jun de 2025, às 09h39

Foto: Freepik
Foto: Freepik

Descobrir que uma criança tem autismo o quanto antes faz toda a diferença no desenvolvimento dela. Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, mais fácil fica trabalhar a comunicação, a linguagem e a adaptação da criança ao mundo.

Durante um congresso no Brasil, em entrevista ao portal de notícias “Metrópoles”, uma das maiores especialistas em autismo no mundo, a psicóloga Cactherine Lord explicou que o ideal é identificar os sinais ainda nos primeiros meses de vida. De acordo com ela:

“Quando diagnosticamos cedo, podemos ajudar a criança a se comunicar melhor. Isso impacta a vida dela e da família”, afirma.

Quais são os sinais de autismo na infância?

Os primeiros sinais podem aparecer entre 1 e 2 anos, mas nem sempre são claros. A criança pode:

  • Não responder quando chamam seu nome
  • Falar pouco ou não falar
  • Não fazer contato visual com frequência
  • Evitar certos tipos de brincadeiras
  • Ficar muito chateada quando algo muda, como uma porta que ela queria aberta ser fechada

Depois dos 2 anos, os sinais ficam mais evidentes. Porém, quanto mais cedo perceber, mais fácil é ajudar.

Por que o diagnóstico precoce é tão importante?

Até os 4 anos, o cérebro está em fase de desenvolvimento acelerado, muito mais “maleável”. Isso facilita aprender a se comunicar, desenvolver habilidades e superar desafios.

Após essa fase, o aprendizado ainda acontece, mas com mais dificuldade. Por isso, começar antes é sempre melhor.


Diagnóstico não define a pessoa

Nenhuma família está preparada para ouvir que o filho tem autismo. A notícia pode ser difícil, gera medo, dúvidas e muita insegurança. Mas é importante lembrar que o autismo faz parte do seu filho, não define quem ele é. Ele continua sendo uma criança com qualidades, afetos e muitas potencialidades.

Catherine reforça que os pais precisam ajustar suas expectativas e focar no que é mais importante: ajudar o filho a se desenvolver dentro das suas capacidades.

Como lidar com a situação?

  • Busque apoio de profissionais de confiança (médico, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional)
  • Evite dicas duvidosas nas redes sociais, principalmente no TikTok
  • Participe de grupos de famílias com crianças autistas
  • Foque nas necessidades mais urgentes da criança
  • Encontre tempo para uma atividade prazerosa entre pais e filhos

Nem sempre é fácil. Muitas famílias têm outros filhos, trabalho, falta de dinheiro e dificuldade de acessar tratamentos. Mas sempre dá para começar de algum ponto e fazer o melhor possível dentro da realidade de cada um.

Há cura para o autismo?

Não. O autismo não tem cura e nem deve ser visto como uma doença. É uma forma diferente de funcionamento do cérebro. O que existe são terapias que ajudam a criança a desenvolver suas habilidades e ter mais autonomia na vida.

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