Autismo: diagnóstico precoce muda tudo na infância
Diagnosticar o autismo cedo ajuda no desenvolvimento da criança - saiba como

Descobrir que uma criança tem autismo o quanto antes faz toda a diferença no desenvolvimento dela. Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, mais fácil fica trabalhar a comunicação, a linguagem e a adaptação da criança ao mundo.
Durante um congresso no Brasil, em entrevista ao portal de notícias “Metrópoles”, uma das maiores especialistas em autismo no mundo, a psicóloga Cactherine Lord explicou que o ideal é identificar os sinais ainda nos primeiros meses de vida. De acordo com ela:
“Quando diagnosticamos cedo, podemos ajudar a criança a se comunicar melhor. Isso impacta a vida dela e da família”, afirma.
Quais são os sinais de autismo na infância?
Os primeiros sinais podem aparecer entre 1 e 2 anos, mas nem sempre são claros. A criança pode:
- Não responder quando chamam seu nome
- Falar pouco ou não falar
- Não fazer contato visual com frequência
- Evitar certos tipos de brincadeiras
- Ficar muito chateada quando algo muda, como uma porta que ela queria aberta ser fechada
Depois dos 2 anos, os sinais ficam mais evidentes. Porém, quanto mais cedo perceber, mais fácil é ajudar.
Por que o diagnóstico precoce é tão importante?
Até os 4 anos, o cérebro está em fase de desenvolvimento acelerado, muito mais “maleável”. Isso facilita aprender a se comunicar, desenvolver habilidades e superar desafios.
Após essa fase, o aprendizado ainda acontece, mas com mais dificuldade. Por isso, começar antes é sempre melhor.
Diagnóstico não define a pessoa
Nenhuma família está preparada para ouvir que o filho tem autismo. A notícia pode ser difícil, gera medo, dúvidas e muita insegurança. Mas é importante lembrar que o autismo faz parte do seu filho, não define quem ele é. Ele continua sendo uma criança com qualidades, afetos e muitas potencialidades.
Catherine reforça que os pais precisam ajustar suas expectativas e focar no que é mais importante: ajudar o filho a se desenvolver dentro das suas capacidades.
Como lidar com a situação?
- Busque apoio de profissionais de confiança (médico, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional)
- Evite dicas duvidosas nas redes sociais, principalmente no TikTok
- Participe de grupos de famílias com crianças autistas
- Foque nas necessidades mais urgentes da criança
- Encontre tempo para uma atividade prazerosa entre pais e filhos
Nem sempre é fácil. Muitas famílias têm outros filhos, trabalho, falta de dinheiro e dificuldade de acessar tratamentos. Mas sempre dá para começar de algum ponto e fazer o melhor possível dentro da realidade de cada um.
Há cura para o autismo?
Não. O autismo não tem cura e nem deve ser visto como uma doença. É uma forma diferente de funcionamento do cérebro. O que existe são terapias que ajudam a criança a desenvolver suas habilidades e ter mais autonomia na vida.
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