Saúde e Bem-estar

Como a paixão afeta o cérebro: o que dizem os neurocientistas

A paixão provoca uma tempestade hormonal no cérebro, altera a percepção da realidade e reduz a racionalidade.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 12 de jun de 2025, às 14h01

Foto: Freepik
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A paixão desencadeia uma verdadeira revolução no cérebro humano. Ao se apaixonar, o corpo libera uma combinação poderosa de neurotransmissores e hormônios que alteram, assim, o comportamento, os sentimentos e até a percepção da realidade.

De acordo com estudos neurológicos, o cérebro passa por intensas mudanças durante a fase apaixonada. A seguir, veja os principais hormônios envolvidos nesse processo.

Hormônios e neurotransmissores da paixão

  • Dopamina: ativa os circuitos de recompensa e gera motivação, energia e foco na pessoa amada.
  • Ocitocina: fortalece o vínculo afetivo, liberada em toques, cheiros e interações.
  • Vasopressina: contribui para a fidelidade, especialmente nos relacionamentos duradouros.
  • Adrenalina: provoca os sintomas clássicos como suor nas mãos e frio na barriga.
  • Serotonina: seus níveis caem, o que explica a impulsividade e os pensamentos obsessivos.

O cérebro apaixonado pensa diferente

Enquanto a dopamina acende áreas ligadas ao prazer e à motivação, o córtex pré-frontal — responsável pelo pensamento crítico — reduz sua atividade. Com isso, apaixonados minimizam defeitos do parceiro e idealizam o relacionamento. Até um perfume ou uma simples mensagem podem disparar essas reações.

A paixão altera a forma de ver o mundo

Com o cérebro imerso em estímulos, sons, cores e sabores se intensificam. A rotina ganha novo brilho. A paixão aumenta a esperança, a criatividade e o desejo de correr riscos.

Paixão não é para sempre

Por natureza, o cérebro busca equilíbrio. Por isso, a fase intensa da paixão tende a durar entre 12 e 24 meses. Com o tempo, os hormônios estabilizam e abrem espaço para um amor mais calmo e duradouro. Nesse novo estágio, ocitocina e vasopressina mantêm o vínculo afetivo

Apaixonar-se é um fenômeno biológico poderoso. Ele transforma não só os sentimentos, mas também o funcionamento cerebral. Embora passageira, a paixão pode ser a porta de entrada para um amor profundo e maduro.

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