Como controlar pensamentos intrusivos e reduzir impacto emocional
Pensamentos intrusivos surgem espontaneamente, mas podem ser controlados com terapias, hábitos conscientes e, se necessário, medicamentos.

Pensamentos intrusivos surgem de forma espontânea e indesejada, causando desconforto e preocupação. Apesar de comuns, podem gerar sofrimento quando se tornam frequentes. De acordo com especialistas, esses pensamentos não indicam necessariamente transtornos mentais. Entretanto, compreender sua origem ajuda a diferenciar experiências normais de situações que exigem acompanhamento profissional. Fatores psicológicos, biológicos e ambientais contribuem para sua recorrência. O cérebro tende a destacar memórias dolorosas ou riscos potenciais, e estresse ou traumas aumentam sua sensibilidade.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiA psicóloga Adriana Schiavone explica que essas ideias negativas refletem um mecanismo evolutivo do cérebro, que privilegia informações sobre riscos e erros. Ao tentar suprimir o pensamento, ocorre o efeito rebote, reforçando sua presença. Além disso, regiões cerebrais como a amígdala ficam mais sensíveis em situações de sobrecarga emocional, facilitando que memórias ou preocupações recorrentes invadam a consciência.
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Quando os pensamentos se tornam problemáticos
Marcelo Heyde, psiquiatra da ABP e ABNPG, detalha que pensamentos intrusivos se intensificam em transtornos como ansiedade, depressão, TOC ou distúrbios alimentares. Quando frequentes e persistentes, passam a interferir na vida diária e podem ser tratados como obsessões. Nesses casos, há hiperativação e desequilíbrio nos circuitos cerebrais envolvendo serotonina, dopamina e noradrenalina.
Estratégias eficazes para lidar com pensamentos intrusivos
- Aceitação e elaboração dos pensamentos, evitando suprimir.
- Terapias recomendadas: TCC, psicanálise e ACT.
- Técnicas de observação consciente e ressignificação simbólica.
- Uso de antidepressivos quando indicado, sempre aliado à psicoterapia.
- Prática de hábitos como exposição gradual e identificação de padrões distorcidos.
Essas estratégias ajudam a reduzir frequência e intensidade, restaurando controle emocional e bem-estar.