Demência: entenda a doença que ataca Bruce Willis e outras pessoas
A demência frontotemporal afeta comportamento e cognição. Conheça sintomas e tratamentos.

O diagnóstico de uma demência sempre impacta principalmente pacientes e famílias, exigindo ajustes físicos e emocionais. Quando envolve uma celebridade, a divulgação de informações pode trazer benefícios educativos. É o caso do ator Bruce Willis, que em 2022 teve afasia, sinal inicial de demência frontotemporal (DFT). Recentemente, o diagnóstico foi confirmado, e ele passou a receber cuidados completos em casa, com apoio integral de familiares e cuidadores, demonstrando, desse modo, a importância do acompanhamento multidisciplinar.
A DFT é uma condição degenerativa que compromete regiões frontais e temporais do cérebro. Ela afeta funções cognitivas e comportamentais, incluindo memória, linguagem, julgamento e tomada de decisão. A degeneração das células nervosas e o envolvimento de proteínas como a tau provocam mudanças significativas. Pacientes podem apresentar falta de empatia, desinibição e perda de interesse social, sendo muitas vezes mal interpretados. Embora rara, a DFT representa de 5% a 15% dos casos de demência, ocorrendo com mais frequência em pessoas abaixo de 65 anos.
Tipos de demência frontotemporal
- Variante comportamental (VC): mudanças de personalidade, impulsividade, compulsões e comportamento inadequado.
- Semântica (DS): afeta a compreensão e uso da linguagem, diminuição de vocabulário.
- Progressiva não fluente (PNF): dificuldade em falar frases completas, repetição de palavras e problemas de compreensão.
Sintomas principais de demência
- Alterações comportamentais e de personalidade
- Dificuldades de linguagem e comunicação
- Problemas de memória e repetição de ações
- Dificuldade em realizar tarefas cotidianas
- Alterações motoras e equilíbrio comprometido
- Problemas de julgamento e tomada de decisões
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico envolve avaliação clínica, testes neurológicos e psicológicos, neuroimagem, exames de líquor e testes genéticos. Não há cura, mas medicamentos controlam sintomas como ansiedade, agressividade e insônia. Terapias ocupacionais e fisioterapêuticas mantêm funções cognitivas e motoras, enquanto mudanças no estilo de vida, dieta equilibrada e atividade física fortalecem a saúde geral.
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