Saúde e Bem-estar

Pesquisa inédita reverte Diabetes tipo 1 com células-tronco: confira

Pesquisadores chineses reverteram diabetes tipo 1 em paciente com transplante de células-tronco, mantendo controle glicêmico estável por um ano.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 05 de maio de 2025, às 14h56

Foto; Divulgação | Sesa
Foto; Divulgação | Sesa

Cientistas da Universidade de Pequim realizaram um avanço significativo no tratamento do diabetes tipo 1, doença autoimune. Utilizando células-tronco pluripotentes induzidas quimicamente (CiPSCs), eles criaram ilhotas pancreáticas 3D que, após transplante, permitiram a uma paciente de 25 anos produzir insulina de forma independente pela primeira vez na história.

Como funciona o tratamento de diabetes tipo 1 com células-tronco

O procedimento envolveu a reprogramação de células do próprio corpo da paciente para um estado pluripotente, permitindo sua diferenciação em células especializadas. Os pesquisadores organizaram as células em estruturas 3D que imitam as ilhotas pancreáticas. Em junho de 2023, implantaram cerca de 1,5 milhão dessas ilhotas nos músculos abdominais da paciente. Essa escolha de local facilitou o monitoramento por ressonância magnética, pois, ao contrário do fígado, que é comumente usado para esse tipo de transplante, o abdômen permite uma visualização direta.

Resultados promissores

Aos dois meses e meio após o transplante, a paciente já apresentava níveis de insulina suficientes, dispensando a reposição externa. Um ano depois, os níveis de glicose permaneceram estáveis, com a paciente mantendo controle glicêmico dentro da faixa-alvo por mais de 98% do tempo. Ela relatou uma melhoria significativa na qualidade de vida, incluindo a possibilidade de consumir alimentos anteriormente restritos.

Perspectivas futuras

Embora os resultados sejam promissores, especialistas alertam que é necessário um acompanhamento de longo prazo para confirmar a eficácia e segurança do tratamento. Os cientistas esperam os resultados de novos estudos com células-tronco com mais participantes para avaliar a viabilidade dessa abordagem como solução para diabetes tipo 1.

Esse avanço renova a esperança de milhões com diabetes tipo 1, oferecendo um tratamento mais eficaz e menos dependente de insulina.

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