Quedas de idosos geram alto risco de traumatismo craniano
Casos ocorridos com pessoas públicas, como o do presidente Lula, chamam atenção para esse problema.

Doenças como descalcificação, osteoporose, fraqueza muscular e desgaste nas articulações em idosos estão relacionadas às quedas de idosos.
Casos ocorridos com pessoas públicas, como o do presidente Lula, chamam atenção para esse problema. Até golpes leves na cabeça causam preocupação pela atrofia do tecido cerebral em idosos.
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Devido à gravidade das quedas de idosos, o traumatismo cerebral tem alto índice de mortalidade, sendo um dos mais temidos efeitos colaterais dos tombos nessa faixa etária.
Segundo o neurocirurgião, Victor Vasconcelos, “o traumatismo craniano tende a ter maior relevância nos idosos por diversas razões. Primeiramente, com o envelhecimento, o tecido cerebral gera atrofias e causa impacto mais direto e com danos potencialmente maiores. Segundo, porque esse grupo tende a tomar medicamentos que estimulam hemorragias, como aspirinas e anticoagulantes, tornando os acidentes mais perigosos às vítimas e impactantes aos familiares”.
Traumatismo cerebral em idosos
Dados recentes do Ministério da Saúde, de 2013 a 2022 a quantidade pessoas mais velhas vitimadas por caídas foi de 4.816 para 9.569, num aumento de praticamente 100%. O envelhecimento da população brasileira e o consequente aumento da expectativa de vida confirmam esse cenário.
Nesse sentido, pessoas com mais de 65 anos têm 40% grandes chances de virem a cair. Mesmo em espaços, como asilos e casas de repouso, essa tendência de quedas sobe para 50%.
Como evitar as quedas e os possíveis traumatismos cerebrais
É importante saber envelhecer, praticando fisioterapia e atividades físicas; evitar ter em casa objetos não-aderentes, como tapetes e pequenos móveis; usar bons calçados; usar boa iluminação e ter a presença de objetos ajudam a manter equilíbrio da pessoa em risco.
Além disso, alma e observação contam para evitar quedas.
O que fazer em caso de quedas de idosos?
Diante de um acidente, mantenha o idoso imóvel, à espera de socorro. Durante esse tempo, o responsável deverá ficar atento a sinais de sangramento para identificar o foco da lesão. Em caso de consciência total ou parcial é recomendável uma avaliação à distância de suas funções neurológicas (fala, audição, orientação e espasmos musculares) enquanto espera o resgate.
Em caso de traumatismo craniano, avaliação médica é recomendável, principalmente, quando há alteração das funções neurológicas. A atenção contínua, mesmo após socorro, o idoso deverá ser monitorado e submetido a novos exames, para descarte de algo grave.
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