Saúde e Bem-estar

Risco moderno: vape; não vacile

O cigarro eletrônico atrai jovens com falsa aparência inofensiva.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 09 de jun de 2025, às 13h41

Foto: Freepik
Foto: Freepik

O cigarro eletrônico, conhecido como vape, virou tendência entre adolescentes e jovens adultos. Com design moderno, sabores adocicados e marketing agressivo, ele seduz justamente quem mais deveria evitá-lo. Ao contrário do que muitos pensam, o vape não é inofensivo. Ele carrega substâncias tóxicas e promove forte dependência química, principalmente por conter altas doses de nicotina.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo continua sendo a principal causa de morte evitável no planeta. A maior parte dos fumantes brasileiros começa o hábito ainda antes dos 19 anos. Por isso, a OMS classifica o tabagismo como uma doença pediátrica, alertando sobre o aliciamento de jovens por meio de dispositivos como o cigarro eletrônico.

A composição perigosa do vape

O pneumologista Leandro Baptista Pinto, da Unimed Sul Capixaba, destaca que os vapes evoluíram e já estão na quarta geração. Esses dispositivos funcionam com bateria e resistência que aquecem um líquido contendo nicotina, aromatizantes, propileno glicol e outras substâncias cancerígenas. O líquido, inalado com frequência, compromete pulmões, coração e vasos sanguíneos.

Apesar do discurso contrário, todos os vapes possuem nicotina, muitas vezes em doses elevadas. A consequência direta é a dependência, que pode exigir acompanhamento médico e tratamento para lidar com sintomas de abstinência.

Os riscos são reais

Assim, além da dependência química, o vape pode causar doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer, como o cigarro tradicional. “O cigarro eletrônico é cigarro”, reforça o médico. Ou seja, trocar o cigarro comum pelo vape não reduz os danos — apenas muda a embalagem.

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui