TDAH em adultos: por que tantos não percebem os sinais?

O TDAH em adultos aparece de forma sutil e, por isso, muitos não percebem os sinais. O transtorno acompanha o indivíduo desde a infância e afeta foco, organização e controle de impulsos. Apesar disso, o ritmo acelerado da vida moderna faz diversas pessoas confundirem sintomas com cansaço, estresse ou sobrecarga. Assim, muita gente vive anos sem entender por que esquece tarefas, se frustra com rotinas simples ou sente a mente sempre acelerada.

Além disso, o contexto diário contribui para esconder o transtorno. Jornadas longas, excesso de telas e noites mal dormidas produzem distração e irritabilidade, o que dificulta, assim, perceber que existe algo além da rotina. Consequentemente, o diagnóstico costuma surgir tarde e geralmente depois de perdas, frustrações ou dificuldades profissionais.

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Como o transtorno se manifesta

O TDAH envolve padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Ele não indica preguiça nem falta de esforço. Pesquisas mostram diferenças no funcionamento de áreas cerebrais ligadas ao planejamento e ao controle de comportamentos. Especialistas descrevem três apresentações:

• Desatenta: dificuldade para manter foco, organizar tarefas e lembrar detalhes.
• Hiperativa-impulsiva: inquietação, interrupções frequentes e ações precipitadas.
• Combinada: mistura de sinais dos dois perfis.

Esses padrões precisam existir desde a infância e gerar impacto real na vida pessoal, profissional ou social para caracterizar o transtorno.

Sinais comuns em adultos

Diversos sintomas surgem de maneira sutil, o que leva muitos a ignorá-los. Entre eles:

• dificuldade de manter atenção prolongada
• esquecimento recorrente
• muitos projetos iniciados e poucos concluídos
• mente acelerada
• agitação interna ou física
• impulsividade em decisões
• problemas de organização

Qualquer pessoa pode apresentar esses comportamentos em momentos específicos. No entanto, o TDAH se destaca pela persistência e pelos prejuízos acumulados.

Como ocorre o diagnóstico

Profissionais como psiquiatras e neurologistas realizam avaliação clínica detalhada. Não existe exame laboratorial que confirme o transtorno. O diagnóstico considera história de vida, relatos de familiares, desempenho escolar e profissional, além de questionários reconhecidos.

Como tratar e melhorar a rotina

Após o diagnóstico, o manejo envolve combinação de estratégias. Médicos podem indicar medicação, psicoterapia e ajustes de rotina. Além disso, medidas simples ajudam no dia a dia:

• dividir tarefas grandes em etapas curtas
• usar agendas, lembretes e aplicativos
• estabelecer horários regulares
• reduzir distrações e ruídos
• buscar apoio sempre que as dificuldades afetarem a qualidade de vida

Com informação adequada, muitos identificam seus sinais, procuram ajuda e transformam a relação com suas rotinas.

Com informações do portal Terra.