Saúde e Bem-estar

Vacinas salvam milhões de vidas e previnem doenças cardiovasculares

No enfrentamento do movimento antivacina, médicos destacam que elas salvaram e salvam salvam milhões de vidas.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra Dr. Luiz Carlos Maciel Junior - Cardiologista - defensor da vacinação
FOTO: Divulgação l HECI

A literatura científica expõe que, há mais de dois séculos, a humanidade conta com uma aliada poderosa: a vacina. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a imunização evita de dois a três milhões de mortes todos os anos. Assim, essa proteção silenciosa impede doenças graves como o tétano, o sarampo e a poliomielite. Todas possuem vacinas seguras e eficazes.

A Atenção Primária à Saúde (APS) destaca que a vacinação contra a Covid-19 foi decisiva para superar a pandemia. Ainda assim, o movimento antivacina avança, levantando dúvidas infundadas sobre a segurança dos imunizantes. A OMS reconhece esse movimento como um dos maiores desafios da saúde pública global.

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Vacinação é proteção individual e coletiva

Muitos adultos de hoje nunca vivenciaram epidemias devastadoras. Desse modo, não têm macrovisão sobre o assunto. Quando uma pessoa se vacina, protege a si e aos outros. Isso reduz a circulação de agentes infecciosos, criando, desse modo, um escudo coletivo. Os efeitos adversos, quando ocorrem, são leves e passageiros, como febre ou dor local.

Conforme o cardiologista Dr. Luiz Carlos Maciel Junior, do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI), “recentemente a Sociedade Europeia de Cardiologia publicou uma diretriz que reforça os benefícios além da  prevenção de infecções, estimulando a imunização, como um dos importantes pilares já conhecidos de prevenção de doenças cardiovasculares,  como dieta , exercícios e controle de diabetes e hipertensão arterial . Em tempos de muita desinformação, é importante lembrar: vacinar-se é um ato de cuidado consigo mesmo e com todos ao redor. E agora, é também uma forma de proteger suas artérias, seu coração, sua qualidade de vida e sua longevidade.”

Vacinas também protegem o coração

Estudos recentes mostram, principalmente, que vacinas contra gripe, Covid-19, pneumococo e herpes zoster reduzem significativamente os riscos cardiovasculares.

Os dados são claros:

  • Gripe: até 30% menos eventos cardíacos
  • Covid-19: até 43% de redução
  • Herpes zoster: mais de 50%
  • Pneumococo: até 10%

O cardiologista Dr. Luiz Carlos Maciel Junior, do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI), explicitou que “a pandemia intensificou dúvidas e fake news sobre vacinas, mas reforçou sua importância, especialmente para pessoas com doenças cardiovasculares. Ele explicou que infecções como gripe e Covid-19 aumentam o risco de problemas cardíacos, como infarto e trombose. Evidências científicas mostram que vacinar-se vai além de evitar doenças: também ajuda a prevenir eventos cardiovasculares.”

Quase todas essas vacinas estão disponíveis no SUS. A exceção é a de herpes zoster, ainda em avaliação. A prevenção começa com um gesto simples: vacinar-se.

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