Automedicação e enxaqueca: uma combinação perigosa

Apesar de ser uma situação comum, a automedicação traz riscos à saúde do paciente

O neurologista Daniel Escobar explica que o consumo contínuo de analgésicos e anti inflamatórios altera o sistema de dor do corpo

“Primeiro o paciente cria tolerância à medicação, precisando aumentar a dose na hora da crise", ressaltou

"Assim, o organismo se acostuma com o remédio e perde, cada vez mais, seus próprios mecanismos de regular a dor"

"Sem o analgésico, a dor vem mais forte, e mais analgésico precisa ser utilizado"

"Por fim, o organismo cria resistência aos remédios e deixa de responder mesmo com doses elevadas”, finalizou

Uma pesquisa da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) mostrou que 81% dos entrevistados se automedicam para tratar dor de cabeça

O estudo mostrou ainda que metade dos entrevistados sofre com a doença de forma crônica

Assim, além do exagero nas medicações, muitos pacientes escolhem remédios que prejudicam mais do que reduzem a dor

Entre os mais comuns estão o Cefaliv, que tem cafeína em sua composição, podendo piorar a crise

"É preciso entender que enxaqueca é uma doença que necessita de diagnóstico, com avaliação detalhada e individual, e tratamento adequado", finaliza Escobar Leia a matéria completa: