Saúde e Bem-estar

Morte do Papa Francisco: veja como o luto pode ser luta

O Papa Francisco, após longa luta contra doenças, faleceu, mas seu exemplo permanece vivo. Veja como experienciar o luto, ressignificando-o.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 21 de abr de 2025, às 07h59

Foto: Redes sociais
Foto: Redes sociais

A morte de Papa Francisco, aconteceu hoje, 21 de abril, aos 88 anos, após lutar contra uma série de doenças que agravou seu estado de saúde. O Vaticano confirmou a morte do primeiro papa latino-americano, marcando o fim de uma liderança voltada à escuta, compaixão e justiça social.

Um pontificado que rompeu barreiras

Nascido em Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio assumiu o papado em 2013. Desde o início, rejeitou pompas e adotou a simplicidade:

  • defendeu os pobres, o meio ambiente e os migrantes;
  • enfrentou resistências dentro da própria Igreja;
  • aproximou a fé da vida real;
  • escolheu caminhar, assim, com os que sofrem e abriu espaços para o diálogo com outras religiões e culturas;
  • em plena pandemia de Covid-19, celebrou sozinho a bênção Urbi et Orbi, na Praça São Pedro vazia, o que entrou para a história, principalmente, como gesto de solidariedade global;
  • promoveu reformas profundas nas finanças da Santa Sé, incluindo maior transparência nos investimentos e a criação de estruturas de fiscalização mais rígidas;
  • destituiu cardeais envolvidos em escândalos;
  • condenou com firmeza guerras, conflitos armados e o comércio de armas.

A morte do Papa Francisco: ressignificações

A morte, conforme a médica Ana Claudia Quintana Arantes, não representa apenas fim, mas também a oportunidade de ressignificar a vida e a saúde mental. Como Manuel Bandeira disse, a Indesejada das gentes não poupa ninguém do nunca mais, por isso, é importante viver os lutos. Em seus estudos, ela afirma que sofrer com sentido é diferente de sofrer por obrigação.  A autora de A Morte é um Dia que Vale a Pena Viver propõe uma nova forma de viver o luto. De acordo com ela, é interessante:

– reconhecer a dor,

– lembrar com amor;

– manter vínculos simbólicos com o ente falecido.

Para ela, o luto pede consciência, rituais e memória. Devemos honrar os que partiram não apenas com tristeza, mas com ações significativas. Ou seja, quem respeitava o Papa Francisco pode manter vivo seu legado ao praticar o amor cotidiano, a escuta atenta e o cuidado com o outro.

Francisco partiu. Mas deixou boas referências para quem escolhe lembrar dele com afeto — e seguir com coragem. Um novo cenário mundial se desenha: esteja preparado.

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