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Alzheimer: veja medicamento que muda o rumo da doença

A Anvisa aprovou o Kisunla, primeiro remédio no Brasil que age contra o Alzheimer em fase inicial, reduzindo a progressão da doença.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 24 de abr de 2025, às 12h23

Foto: Freepik
Foto: Freepik

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento no Brasil indicado para tratar os estágios iniciais do Alzheimer. Chamado Kisunla (donanemabe), a substância foi desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly e será administrado por via intravenosa, com doses mensais de 20 ml.

Como o Kisunla age frente ao Alzheimer

O Kisunla atua diretamente nas placas de proteína beta-amiloide, que se acumulam no cérebro e caracterizam o Alzheimer. Ao se ligar a essas placas, o medicamento ajuda, dessa forma, a reduzi-las. Com isso, consegue desacelerar a progressão da doença, principalmente nos primeiros estágios.

Essa ação se mostra ainda mais eficaz em pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve, ou seja, que estão na fase sintomática inicial da condição.

Resultados promissores em estudo global contra Alzheimer

Conforme estudo internacional com 1.736 pessoas em fase inicial do Alzheimer, o Kisunla comprovou a eficácia do tratamento. Os pacientes que tomaram donanemabe apresentaram progressão clínica mais lenta do que aqueles que usaram placebo.

Restrições e efeitos colaterais

Embora haja avanços, o medicamento contra Alzheimernão se destina a todos os pacientes. Especialistas não recomendam o uso em:

  • Pessoas com o gene ApoE ε4
  • Quem faz uso de anticoagulantes
  • Pacientes com angiopatia amiloide cerebral

Os efeitos adversos mais comuns incluem:

  • Febre
  • Dores de cabeça
  • Mal-estar após a infusão

Acompanhamento contínuo

A Anvisa seguirá monitorando a eficácia e segurança do Kisunla em território nacional. O uso requer prescrição médica e acompanhamento especializado.

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