Curativo brasileiro inovador: saiba mais
O curativo brasileiro CH50BGF combina quitosana e vidro bioativo para acelerar a cicatrização, sendo uma alternativa eficaz e acessível para o SUS.

Pesquisadores das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Lavras (UFLA) criaram um curativo inovador, o CH50BGF, que promete acelerar a cicatrização de feridas e queimaduras. Esse curativo brasileiro oferece, dessa forma, vantagens claras em relação aos produtos importados usados no Sistema Único de Saúde (SUS), com foco em acessibilidade, desempenho e sustentabilidade.
Composição do CH50BGF
O CH50BGF é, em síntese, uma espuma composta por dois materiais principais:
- Quitosana: Extraída de resíduos da indústria pesqueira, atua como antimicrobiano natural, mantendo a umidade e prevenindo infecções.
- Vidro bioativo: Material cerâmico com propriedades de aceleração de cicatrização, liberando íons que estimulam a formação de vasos sanguíneos e a produção de colágeno.
Desempenho do curativo
Nos testes laboratoriais, o CH50BGF demonstrou principalmente:
- Absorção de líquidos de até 160% em 24 horas, muito superior a outros curativos, como a gaze, que absorve apenas 30%.
- Regeneração celular: A combinação da quitosana e do vidro bioativo favorece, sobretudo, a cicatrização e pode ser adaptada para diferentes tipos de feridas, incluindo queimaduras graves e lesões por pressão.
Sustentabilidade e produção local
Além de sua eficácia clínica, o CH50BGF é uma solução sustentável. A produção local de insumos oferece, assim, diversos benefícios:
- Redução de custos: Menor dependência de importações, o que, desse modo, torna o produto mais acessível para o SUS.
- Cadeia produtiva nacional: A extração da quitosana da pesca é feita de forma sustentável, criando uma referência em produção local de biomoléculas.
Próximos passos
Os pesquisadores ainda precisam realizar testes clínicos em humanos para confirmar a eficácia e segurança do produto. A meta é integrar o CH50BGF ao sistema de saúde pública brasileiro, oferecendo uma alternativa acessível e eficaz aos curativos importados.
Com essa inovação, o Brasil dá um passo importante para melhorar o tratamento de feridas e queimaduras no SUS.
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