Saúde e Bem-estar

Prevenção da demência: comece desde a infância

Prevenir a demência desde a infância é mais eficaz do que esperar pela meia-idade. Veja o porquê.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 27 de maio de 2025, às 10h47

Foto: Freepik
Foto: Freepik

Estudos apontam que mais de 60 milhões de pessoas sofrem com demência no mundo, resultando em milhões de mortes e custos econômicos altos. Embora a ciência tenha avançado muito, ainda não encontramos a cura. Por outro lado, a prevenção se mostra uma estratégia promissora, mas muitos ainda se concentram na faixa etária da meia-idade. É nesse período que, na verdade, muitos fatores de risco já estão consolidados, tornando a mudança mais difícil e menos eficaz.

A grande questão é: por que esperar tanto tempo para agir? Os pesquisadores defendem que agir desde a infância pode ser muito mais vantajoso, visto que os hábitos prejudiciais, como obesidade, falta de atividade física e consumo de substâncias nocivas, começam cedo. Estudos mostram que 80% dos adolescentes obesos mantêm esse comportamento na vida adulta, o que demonstra a importância de intervenções preventivas mais precoces.

As raízes da demência: como a infância e adolescência influenciam

Nosso cérebro passa por diferentes fases ao longo da vida: desenvolvimento na infância, estabilidade na fase adulta e declínio na velhice. Surpreendentemente, estudos mostram que as diferenças cognitivas observadas em adultos mais velhos podem ter raízes já na infância. Crianças com habilidades cognitivas mais baixas têm mais chances de sofrer com a demência na velhice, o que evidencia a necessidade de intervenções desde os primeiros anos de vida.

Essas descobertas abrem novas perspectivas sobre a prevenção da demência e destacam que o risco se molda muito antes da meia-idade. Dessa forma, adotar um plano de saúde cerebral desde cedo pode ser fundamental para diminuir significativamente as chances de desenvolver a doença.

O caminho da prevenção: ações a longo prazo

Embora não exista uma solução única para todos, especialistas concordam: devemos abordar a prevenção da demência como uma meta ao longo da vida, e não apenas na velhice. Isso envolve não só mudanças no estilo de vida, como também políticas públicas e educação desde a infância.

Precisamos agir de forma coordenada, integrando ambientes saudáveis, educação de qualidade e políticas públicas eficazes. Com isso, as chances de reduzir os riscos de demência para as próximas gerações são muito maiores. Afinal, nunca é tarde para começar, mas quanto mais cedo, melhores os resultados.

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta clicar aqui