Tigrinho e cia geram crise no INSS; motivo: ludopatia
Auxílios por ludopatia aumentam 2.300%, revelando omissão estatal e grave crise social.

O número de trabalhadores afastados por ludopatia aumentou 2.300% em dois anos. O INSS concedeu 276 auxílios por incapacidade entre junho de 2023 e abril de 2025. Antes disso, esse número mal ultrapassava dez casos por ano. A realidade mudou, dessa forma, com a explosão das casas de apostas online.
Jovens lideram os pedidos
Entre os afastados, 73% são homens. A maioria tem entre 18 e 39 anos, ou seja, está no auge da vida produtiva. Muitos sustentam famílias, o que agrava o impacto social. A doença atinge principalmente autônomos e trabalhadores de baixa renda, segundo especialistas.
Casos graves desafiam a Justiça
Casos como o de um ex-gerente bancário revelam a complexidade do vício. Mesmo com laudos médicos, empresas demitem por justa causa. A Justiça tem revertido algumas dessas decisões, mas os embates jurídicos se intensificam. Outro caso envolveu um servidor que desviou R$ 1,5 milhão para apostas.
Ludopatia sobrecarrega INSS
O SUS registrou, assim, salto nos atendimentos: de 65 em 2019 para 1.292 em 2024. Estados como Roraima, Rondônia e Sergipe lideram os registros. Conforme psicólogos, muitos pacientes escondem o vício. Procuram ajuda apenas quando colapsam.
Falta de política pública agrava o cenário
Apesar do aumento de impostos sobre bets, o governo ainda não criou ações efetivas de prevenção. Não há diretrizes claras para avaliação pericial nem campanhas nacionais de conscientização. A ausência de integração entre Previdência, Saúde e Justiça preocupa especialistas.
O país assiste ao crescimento silencioso de um problema grave. A ludopatia já afasta milhares do trabalho, destrói famílias e desafia o sistema público. Enquanto isso, faltam ações concretas.
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