Saúde e Bem-estar

Herpes reage e altera células: entenda o impacto viral

Vírus herpes invade células, dorme por anos e reativa sob fatores externos.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 02 de jul de 2025, às 11h31

Foto: Freepik
Foto: Freepik

O vírus herpes simplex (HSV–1 e HSV–2) infecta ativamente células epiteliais, neurônios e linfócitos. Primeiro, ele invade a pele ou mucosa, multiplica-se nas células epiteliais e gera bolhas cheias de fluido viral. Depois, essas bolhas secam e formam crostas

Infecção inicial

Primeiramente, o vírus replica nas células epiteliais. Ele cria milhares de partículas que causam vesículas doloridas. Logo, essas bolhas rompem-se, liberam fluido infectado e formam crostas, destacando o final do surto ativo .

Dormência nos neurônios

Em seguida, o HSV penetra nos terminais nervosos e viaja pelo axônio até o núcleo neuronal (gânglios trigeminais ou lombo-sacrais). Lá, ele permanece latente por meses ou até anos, sem causar sintomas.

Reativações frequentes

Por causa de estresse, imunossupressão, mudanças hormonais, sol ou traumatismo craniano, o vírus reativa-se. Ele retorna via nervos aos tecidos epiteliais e inicia novo surto cutâneo .

Aumento da neurodegeneração e risco de Alzheimer

Conforme pesquisas, o HSV-1 reativado pode gerar neuroinflamação, agravar danos cerebrais e potencialmente amplificar risco de Alzheimer. Depois de traumas crânio‑encefálicos, o vírus adormecido ativa-se e provoca acúmulo de proteínas amiloide e tau, além de inflamação neuronal.

Células imunológicas envolvidas

Quando o HSV chega ao cérebro, a microglia — células imunológicas cerebrais — ativa genes inflamatórios (por exemplo, CD83). Esse processo interrompe a homeostase neural e pode acelerar o declínio cognitivo.

Por que isso importa para a saúde

  • Crônicos e assintomáticos: O vírus permanece no corpo por toda a vida e pode reativar-se sem sintomas visíveis.
  • Potencial degenerativo: A inflamação cerebral associada ao HSV pode acelerar o Alzheimer, especialmente após traumas.
  • Estratégias terapêuticas: Antivirais e vacinas — como a zóster — podem reduzir surtos e, possivelmente, diminuir danos neurodegenerativos.

O vírus herpes infecta células, instala latência em neurônios e reativa-se por diversos fatores. Ele pode provocar inflamação cerebral, danos a longo prazo e aumentar, assim, o risco de demência. Portanto, adotar prevenção, buscar tratamento com antivirais e considerar vacina zóster (em casos específicos) mostra-se crucial para reduzir consequências graves.

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