A dispareunia descreve dor durante a relação sexual. De acordo com as especialistas, Dra. Jacira Sobreira (uroginecologista) e Dra. Ariany Fernandes (fisioterapeuta pélvica), a dor pode ser:

• Superficial: dessa forma, ela surge na entrada da vagina.
• Profunda: desse modo, ela ocorre durante penetração mais intensa.

Causas físicas

Superficiais

• Falta de lubrificação ou secura vaginal (hormônios baixos, especialmente no pós-parto ou menopausa).
• Infecções como candidíase ou vaginite (dor, coceira, corrimento).
• Vaginismo: contração involuntária da musculatura pélvica.

Profundas

• Endometriose, com inflamação pélvica ou aderências.
• Doença inflamatória pélvica ou cistos/aderências pós-cirúrgicas.

Causas emocionais e hormonais

• Estresse, ansiedade, depressão, traumas e relacionamentos abusivos podem agravar ou causar dor.
• Queda de estrogênio no pós-parto ou menopausa afeta não apenas a lubrificação e encurta o revestimento vaginal.

Diagnóstico preciso

Para identificar a causa da dor, o especialista pode solicitar principalmente:

• Em primeiro lugar, exame clínico e relatos dos sintomas (local e intensidade da dor).
• Em segundo lugar, exames de imagem (ultrassom, ressonância) para endometriose ou inflamação.
• Em seguida, exames de cultura vaginal e urinária para verificar infecções.
• Além disso, é importante, realizar a avaliação psicológica para investigar aspectos emocionais e traumas.

Tratamentos recomendados

Físicos

• Lubrificantes e hidratantes vaginais para combater a secura.
• Antifúngicos ou antibióticos para tratar infecções.
• Terapia hormonal, quando indicada por ginecologista.
• Fisioterapia pélvica.

Multidisciplinares

• Psicoterapia para vaginismo, traumas ou bloqueios emocionais.
• Terapias complementares: pilates, RPG e acupuntura reduzem tensão e dor crônica.
• Em casos de endometriose ou DIP, cirurgia pode ser necessária.

O que você pode fazer hoje

1. Introduza lubrificante antes do sexo.
2. Proporcione relaxamento emocional e físico: alongamentos e respiração.
3. Aposte em suporte psicológico, se houver ansiedade ou trauma.
4. Consulte ginecologista ou urologista para avaliação completa.
5. Evite adiar o tratamento — quanto antes, melhor a eficácia.

A dor no sexo não deve ser considerada normal. A dispareunia resulta de múltiplos fatores, que vão além do físico. Portanto, priorize o diagnóstico correto, siga tratamentos integrados e receba apoio profissional. Assim, você consegue retomar uma vida sexual saudável, prazerosa e sem sofrimento.