Saúde

Bebê absorve testosterona do pai – isso é possível?

Exposição passiva a gel de testosterona pode causar alterações genitais em bebês de apenas 10 meses.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 14 de jul de 2025, às 10h37

Foto: Redes Sociais
Foto: Redes Sociais

Conforme divulgação mundial, médicos suecos do Hospital Universitário Sahlgrenska registraram um caso alarmante. Uma bebê de 10 meses desenvolveu alterações genitais depois de se deitar no peito do pai, onde ele havia aplicado gel de testosterona. Através do contato repetido pele a pele, o hormônio entrou em contato com a pele da criança e provocou sinais de virilização. Exames confirmaram níveis elevados de testosterona corporal e detectaram aumento do clitóris e mudança nos lábios vaginais, que passaram a lembrarem o escroto masculino.

Sintomas e reversão após interrupção

O quadro evoluiu até que interrupções no contato eliminaram progressivamente os sintomas. Segundo a área de endocrinologia pediátrica, o caso reforça que hormônios como o da testosterona, usados em terapias de reposição (TRT), podem atingir inadvertidamente bebês e causar efeitos que muitas vezes regridem após cessar a exposição.

Contexto: crescimento da TRT entre jovens

Atualmente, muitos homens jovens usam gel de testosterona para tratar sintomas como cansaço, falta de libido ou para ganho de massa muscular. Esse uso cada vez mais frequente acontece fora do acompanhamento médico, o que aumenta os riscos de exposição involuntária do hormônio a crianças no ambiente doméstico.

Alerta a pais e cuidadores

De acordo com especialistas pais que utilizam gel ou qualquer reposição hormonal devem adotar medidas preventivas:

  • Lavar bem as mãos e cobrir a área aplicada;
  • Aguardar até o gel secar completamente antes de encostar na criança;
  • Evitar contato direto entre a criança e a região de aplicação.

Chamado à conscientização médica e familiar

O caso destaca a urgência de alertar médicos e pacientes sobre os perigos da exposição indireta à testosterona. Assim, evita-se efeito adverso em crianças pequenas. A síndrome demonstrou que, mesmo sem intenção, esse hormônio pode causar alterações profundas. Portanto, reforçar o diálogo entre profissionais de saúde e usuários de TRT representa um passo importante para prevenir novos casos.

Redes de apoio, informação clara e práticas seguras combinam-se para proteger bebês do risco criado pela exposição inadvertida a terapias hormonais.

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