Tem enxaqueca? Veja como terapias podem diminuir a dor
Terapias comportamentais diminuem sintomas de enxaqueca e melhoram o bem-estar dos pacientes.

Conforme estudo publicado em fevereiro de 2025, na revista Headache, analisou 63 ensaios clínicos com mais de 7.400 participantes, entre 1975 e 2023. De acordo com a pesquisa, terapias podem diminuir a enxaqueca, como cognitivo-comportamental (TCC), mindfulness e técnicas de relaxamento reduziram a frequência das crises, a intensidade da dor e aumentaram a qualidade de vida.
Benefícios específicos para enxaqueca
- TCC diminuiu em até 1,1 dia por mês o número de crises em adultos.
- Em crianças e adolescentes, o conjunto TCC + biofeedback + relaxamento superou a educação isolada na redução e na incapacidade provocada pela enxaqueca.
Como funcionam as terapias e a enxaqueca
Especialistas explicam que esses métodos afetam o sistema nervoso e os gatilhos emocionais que intensificam a enxaqueca:
- TCC ajuda a mudar padrões de pensamento que aumentam o estresse, ansiedade e percepção catastrófica da dor.
- Relaxamento muscular progressivo, respiração e biofeedback equilibram o sistema nervoso autônomo, reduzindo predisposição às crises.
- Mindfulness promove atenção plena e regulação emocional, aliviando a reatividade ao estresse e à dor.
Intervenções combinadas e custo-benefício
Revisões modernas da literatura mostram que estratégias comportamentais com TCC, relaxamento e mindfulness são tão eficazes quanto medicamentos profiláticos tradicionais para reduzir um dia de enxaqueca por mês, considerado clinicamente significativo.
Além disso, combinar essas técnicas com medicamentos, em casos necessários, aprimora significativamente os resultados . Médicos apontam que intervenções comportamentais evitam uso excessivo de analgesia.
Complementos fundamentais para prevenção
Especialistas indicam também:
- Higiene do sono: rotina de sono consistente previne crises.
- Exercício regular: aeróbicos reduzem frequência e intensidade dos episódios.
- Redução de cafeína e estresse: mitiga fatores de risco .
- Psicoeducação: informar pacientes sobre gatilhos e defesa ativa melhora adesão.
Mensagem na prática clínica
Neurologistas brasileiros apontam que muitos casos de enxaqueca recebem apenas medicação, sem suporte comportamental. Embora eficazes, os tratamentos comportamentais permanecem subutilizados.
Intervenções comportamentais — TCC, relaxamento e mindfulness — reduziram significativamente a frequência e intensidade das crises, além de tornarem pacientes mais autônomos. Por isso, tanto a prática única quanto a abordagem integrada com medicamentos merecem atenção médica. Além disso, ações complementares como sono regular e exercícios fortalecem os resultados preventivos.
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