Homens evitam cuidados e vivem menos, aponta estudo global
Homens adoecem mais e evitam cuidados médicos, o que reduz sua expectativa de vida no Brasil e no mundo.

De acordo com estudos realizados, pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca confirmaram: homens enfrentam mais doenças crônicas, morrem antes das mulheres e evitam o sistema de saúde.
Além disso, os dados mostram que homens se consultam menos, negligenciam exames de rotina e ignoram sintomas iniciais. Esse padrão contribui diretamente para a maior mortalidade masculina.
Fatores sociais afastam homens do cuidado
Os pesquisadores atribuem esse comportamento a fatores culturais e sociais. Muitos homens associam doença à fragilidade e, por isso, evitam demonstrar dor ou vulnerabilidade.
O médico Wilands Gomes explica que estereótipos masculinos dificultam o autocuidado. Homens tendem a fumar mais, evitar exames como o de próstata e só buscar ajuda em emergências.
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Dados nacionais reforçam o alerta
Segundo o IBGE, em 2023, os homens viveram em média 6,6 anos a menos que as mulheres. A Pesquisa Nacional de Saúde mostra que apenas 69,4% dos homens foram ao médico no ano anterior, contra 82,3% das mulheres.
Entre 2007 e 2024, homens representaram 70,7% dos casos de HIV/Aids. Também registraram mais complicações fatais por hipertensão e diabetes.
Políticas públicas buscam reverter cenário
Desde 2008, o SUS implementa a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). A estratégia inclui horários estendidos nas UBSs e campanhas como o Novembro Azul.
Além disso, ações comunitárias e rodas de conversa tentam ampliar o acesso. Contudo, o médico alerta: só a integração de acolhimento, educação e vínculo pode mudar esse quadro de forma sustentável.
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