Conforme estudos, o número de mortes por câncer colorretal no Brasil deve crescer 36,3% até 2040. A projeção, divulgada pela Fundação do Câncer no Dia Nacional da Saúde, reforça um cenário preocupante. A cantora Preta Gil, que faleceu aos 50 anos, sofreu com a mesma doença, conhecida também como câncer de intestino ou de cólon e reto.

Conforme a análise, a maioria dos casos fatais de câncer colorretal envolve diagnósticos em estágios avançados, o que reduz as chances de cura. Cerca de 78% dos pacientes morrem quando já enfrentam os estágios III ou IV, como ocorreu com Preta. A falta de políticas públicas eficazes para rastreamento contribui diretamente para esse cenário. Há necessidade de diagnóstico precoce e de busca ativa para minimizar quadro alarmante,

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Casos crescem entre pessoas com menos de 50 anos

Embora o risco aumente com a idade, os médicos observam crescimento de casos entre jovens adultos. Entre os homens, 50,9% morrem no estágio IV. Já entre as mulheres, esse número sobe para 52,3%. O estudo também mostra alta mortalidade nas regiões Centro-Oeste e Sul, onde os diagnósticos tardios são ainda mais frequentes.

Falta rastreamento organizado no Brasil

Diferente de países que adotam rastreamento estruturado, o Brasil mantém abordagem oportunista, sem convocação ativa da população. Com isso, a sobrevida média nacional após cinco anos é de apenas 48,3%, contra 65% em países com políticas públicas eficientes.

Fatores de risco evitáveis

O levantamento destaca fatores de risco como idade, histórico familiar, consumo de carne processada, sedentarismo, obesidade, tabagismo e álcool. Para reverter o cenário, especialistas defendem a criação urgente de programas de prevenção primária e rastreamento em larga escala.