Saúde e Bem-estar

Língua presa em bebês: como identificar e tratar

A língua presa pode afetar a amamentação e exige avaliação clínica cuidadosa antes de qualquer intervenção.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra mãe e bebê com língua presa
FOTO: Freepik

Durante a Semana Mundial da Amamentação, reforça-se a importância do aleitamento materno para o desenvolvimento infantil. No entanto, alterações como a anquiloglossia, também chamada de língua presa, podem comprometer esse processo logo nos primeiros dias de vida. A condição ocorre quando o frênulo lingual — membrana abaixo da língua — se apresenta mais curto, espesso ou rígido que o normal. Desse modo, dificulta os movimentos da língua e interfere diretamente na sucção, causando dor à mãe e dificultando a alimentação do bebê.

De acordo com a fonoaudióloga Dra. Lorena Simão, no podcast Viva Vida, uma avaliação pode identificar a língua presa e prevenir dificuldades que comprometeriam a amamentação. Dados como a pega incorreta, dor ao amamentar e até alterações funcionais orais no bebê prejudicam mãe e filho. Ainda segundo ela, nem todo frênulo visível representa um problema. Por isso, o diagnóstico precisa ir além da anatomia e considerar a funcionalidade, o padrão de sucção e os relatos da mãe, como dor, estalos ou engasgos.

Como diagnosticar e tratar com responsabilidade?

O diagnóstico deve ocorrer com base em avaliação clínica funcional, feita por equipe especializada. Fonoaudiólogos, pediatras e odontólogos com experiência em aleitamento avaliam caso a caso. Quando indicado, o tratamento pode envolver acompanhamento terapêutico ou uma pequena cirurgia chamada frenotomia, que corta o frênulo.

Intervenção precisa ter indicação correta

Apesar do aumento nos diagnósticos, especialistas alertam para o risco de cirurgias desnecessárias motivadas por informações imprecisas nas redes sociais. O ideal é observar o comportamento do bebê, acolher as queixas da mãe e agir com base em evidências. Cada bebê apresenta uma resposta diferente, e todo cuidado deve respeitar essa individualidade.

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