Saúde e Bem-estar

Como controlar pensamentos intrusivos e reduzir impacto emocional

Pensamentos intrusivos surgem espontaneamente, mas podem ser controlados com terapias, hábitos conscientes e, se necessário, medicamentos.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra pessoa pensando
FOTO: Freepik

Pensamentos intrusivos surgem de forma espontânea e indesejada, causando desconforto e preocupação. Apesar de comuns, podem gerar sofrimento quando se tornam frequentes. De acordo com especialistas, esses pensamentos não indicam necessariamente transtornos mentais. Entretanto, compreender sua origem ajuda a diferenciar experiências normais de situações que exigem acompanhamento profissional. Fatores psicológicos, biológicos e ambientais contribuem para sua recorrência. O cérebro tende a destacar memórias dolorosas ou riscos potenciais, e estresse ou traumas aumentam sua sensibilidade.

A psicóloga Adriana Schiavone explica que essas ideias negativas refletem um mecanismo evolutivo do cérebro, que privilegia informações sobre riscos e erros. Ao tentar suprimir o pensamento, ocorre o efeito rebote, reforçando sua presença. Além disso, regiões cerebrais como a amígdala ficam mais sensíveis em situações de sobrecarga emocional, facilitando que memórias ou preocupações recorrentes invadam a consciência.

Leia também – Foco e saúde mental: estratégias para jovens se concentrarem

Quando os pensamentos se tornam problemáticos

Marcelo Heyde, psiquiatra da ABP e ABNPG, detalha que pensamentos intrusivos se intensificam em transtornos como ansiedade, depressão, TOC ou distúrbios alimentares. Quando frequentes e persistentes, passam a interferir na vida diária e podem ser tratados como obsessões. Nesses casos, há hiperativação e desequilíbrio nos circuitos cerebrais envolvendo serotonina, dopamina e noradrenalina.

Estratégias eficazes para lidar com pensamentos intrusivos

  • Aceitação e elaboração dos pensamentos, evitando suprimir.
  • Terapias recomendadas: TCC, psicanálise e ACT.
  • Técnicas de observação consciente e ressignificação simbólica.
  • Uso de antidepressivos quando indicado, sempre aliado à psicoterapia.
  • Prática de hábitos como exposição gradual e identificação de padrões distorcidos.

Essas estratégias ajudam a reduzir frequência e intensidade, restaurando controle emocional e bem-estar.

Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aqui