Setembro Roxo é o mês dedicado à conscientização sobre a Fibrose Cística – doença genética que afeta principalmente os pulmões e o sistema digestivo. O diagnóstico precoce é essencial para identificar os sinais iniciais, permitir intervenções rápidas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Sintomas como tosse crônica, infecções respiratórias frequentes, dificuldade de ganhar peso e fezes com sinais de gordura podem indicar a presença da doença e devem ser observados por familiares e profissionais de saúde.

A conscientização sobre esses sinais aumenta a chance de um tratamento eficaz e reduz complicações futuras, tornando a atenção médica contínua indispensável.

Tratamento multidisciplinar transforma vidas

O pneumologista e alergista pediátrico Mauricio Cade, da Unimed Sul Capixaba, destaca que o cuidado deve ser multiprofissional, envolvendo médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas. De acordo com ele, “o acompanhamento integrado ajuda a reduzir complicações, melhora a qualidade de vida e aumenta a expectativa de vida dos pacientes.”

Além disso, medicamentos moduladores da proteína CFTR oferecem melhorias significativas para pacientes com mutações genéticas específicas, diminuindo necessidade de oxigênio, uso de antibióticos e internações frequentes.

Triagem neonatal: chave para tratamento precoce

O teste do pezinho é fundamental para detectar a fibrose cística nos primeiros dias de vida. Cade ressalta que a identificação precoce permite iniciar o tratamento rapidamente, garantindo mais chances de desenvolvimento saudável e prevenindo complicações graves no futuro.

A fibrose cística exige atenção constante, diagnóstico precoce e tratamento multidisciplinar. Com conscientização, cuidados integrados e avanços terapêuticos, é possível transformar a vida de quem convive com a doença e ampliar significativamente a expectativa e a qualidade de vida.