Saúde e Bem-estar

Descoberta pode mudar diagnóstico do câncer intestinal - confira

Um novo exame de fezes, aliado à inteligência artificial, pode detectar cânceres de intestino e substituir a colonoscopia. Leia mais.

Beatriz Fraga Beatriz Fraga

A foto mostra jovem com dor intestinal

Um novo exame de fezes, que usa a inteligentcia artificial como ferramenta, pode revolucionar o diagnóstico do câncer de intestino. Conforme pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, o teste é não invasivo, acessível e conseguiu detectar 90% dos tumores colorretais. O estudo, publicado na revista Cell Host & Microbe, mostrou, assim, que a eficácia é muito próxima da colonoscopia, considerada o padrão atual.

Hoje, nesse sentido, a detecção depende de colonoscopias realizadas a cada cinco ou dez anos, após os 50 anos. Apesar da recomendação, poucas pessoas fazem o exame por ser invasivo, desconfortável e caro. Como consequência, os casos de câncer de intestino crescem em todo o mundo, principalmente em fases mais avançadas, quando o tratamento se torna mais difícil.

Leia também – Tumor silencioso: o que você precisa saber sobre câncer colorretal

Exame de fezes vs. Colonoscopia

  • Exame de fezes com IA
    • Detecta 90% dos tumores
    • Não é invasivo
    • Baixo custo
    • Pode ser feito junto a exames de rotina
  • Colonoscopia
    • Detecta 94% dos tumores
    • Invasiva e desconfortável
    • Requer preparo intestinal
    • Realizada com menor adesão pelos pacientes

Sintomas que merecem atenção

De acordo com o Ministério da Saúde, alguns sinais podem indicar câncer de intestino:

  • Sangue nas fezes
  • Alterações no hábito intestinal (diarreia ou constipação)
  • Dores ou cólicas abdominais
  • Perda de peso sem causa aparente
  • Fraqueza, indisposição ou anemia

Por que esse avanço é importante?

O novo exame, devido a sua praticidade, pode aumentar, dessa maneira, a adesão ao rastreamento e permitir diagnósticos mais precoces, ampliando as chances de cura. Hoje, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 45 mil brasileiros recebam o diagnóstico da doença até o fim de 2025.

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