Casos de câncer em jovens crescem 284%: especialistas respondem dúvidas
Especialistas explicam causas reais e desmentem mitos sobre o aumento de câncer em jovens.

Nos últimos dez anos, os diagnósticos de câncer em jovens adultos até 50 anos aumentaram 284% no SUS, conforme levantamento do DataSUS. Esse aumento gerou dúvidas sobre as possíveis causas, incluindo vacinas, agrotóxicos, adoçantes e fatores do estilo de vida.
Especialistas respondem aos principais questionamentos:
1. Vacinas causam câncer?
Não. Nenhuma vacina, incluindo a Covid-19, provoca câncer. Pelo contrário, vacinas como a do HPV previnem tumores, como o de colo do útero. O aumento de casos começou anos antes da pandemia.
2. Agrotóxicos são responsáveis?
Exposição prolongada pode aumentar o risco, especialmente em trabalhadores rurais, mas não explica a explosão de casos. Dieta, sedentarismo e obesidade, por certo, têm impacto muito maior.
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3. Aspartame causa câncer?
Classificado como “possivelmente cancerígeno” pela OMS, seu consumo dentro dos limites é seguro. O açúcar, sim, contribui para obesidade, um fator de risco relevante.
4. 5G, Wi-Fi ou micro-ondas causam câncer?
Não. Ondas eletromagnéticas de baixa energia não têm poder de danificar o DNA e não, assim, provocam tumores.
5. Estresse provoca câncer?
Não diretamente. Pode reduzir imunidade e favorecer a progressão de tumores existentes, mas não inicia mutações genéticas.
6. Alimentação influencia no risco?
Sim, fortemente. Dietas ricas em ultraprocessados, bebidas açucaradas e carnes processadas aumentam, principalmente, a incidência de vários tipos de câncer. Obesidade abdominal é um fator central, criando inflamação e estimulando mutações celulares.
7. Dados do SUS estão incorretos?
Não. O Painel Oncologia BR registra casos desde 2013. O aumento reflete crescimento real, mas a rede privada não possui dados completos.
8. Quais são as causas reais?
O risco de câncer está ligado a fatores acumulados, como consumo de álcool, tabagismo, alimentação ultraprocessada, obesidade, exposição solar sem proteção, poluição e contato químico crônico.
Com informações do portal Globo.
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