Esgotamento mental: como reagir ao stress do fim do ano
O fim do ano exige energia emocional alta e, por isso, aumenta o risco de esgotamento. Veja como resistir.

O fim do ano parece festivo, mas, na prática, cria um ciclo intenso de desgaste emocional. As metas acumulam, o trânsito pesa, as demandas profissionais aumentam e, além disso, surgem inúmeras confraternizações. Assim, o ritmo acelera e drena a energia social, mesmo quando a pessoa tenta manter o controle. Ao mesmo tempo, cresce a cobrança interna para “dar conta de tudo”, o que intensifica a sensação de esgotamento. Por isso, muitos chegam a dezembro com a bateria emocional baixa. Embora o clima pareça leve, o corpo sente a pressão.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp! clique aquiUm levantamento da American Psychiatric Association reforça esse cenário. O estudo mostrou que 31% dos adultos esperavam mais estresse nas festas. Além disso, custos de presentes e refeições surgiram entre as principais preocupações. Segundo o psiquiatra Guilherme Trevizan, novembro e dezembro concentram a maior busca por suporte emocional. Ele afirma que mudanças no sono, irritabilidade e crises de ansiedade aparecem cedo. Quando o corpo está presente, mas a mente não desacelera, o sinal de alerta surge com força.
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Como as redes sociais intensificam o esgotamento
As redes sociais ampliam a pressão. Perfis exibem festas perfeitas e rotinas idealizadas, criando a sensação de que todos vivem experiências melhores. Assim, surge frustração, pois o padrão exibido nem sempre é real. Além disso, exageros comuns da temporada, como álcool e comida em excesso, pioram o humor e desregulam o sono. Isso eleva ainda mais o desgaste emocional.
O conceito de bateria social
A neuropsicóloga Sandra Schewinsky explica que a “bateria social” representa a energia emocional usada nas interações. Eventos cheios, barulhos e estímulos drenam essa reserva rapidamente. Para algumas pessoas, encontros recarregam. Para outras, esgotam. Quando nem uma noite de sono restaura o ânimo, o esgotamento emocional se instala. A concentração falha, as tarefas pesam e a energia não acompanha as exigências.
Como lidar com a agenda cheia
O excesso de compromissos agrava o cenário. Confraternizações, encontros de grupos diferentes e a sensação de obrigação empurram muitas pessoas ao limite. Por isso, Schewinsky recomenda escolhas conscientes. Priorize eventos obrigatórios e, em seguida, mantenha encontros que realmente recarregam. Além disso, diga “não” quando necessário. Para pessoas com ansiedade social, planejar horários de chegada e saída ajuda. Caso o cansaço persista, busque apoio profissional.
Com base nas informações do portal Metrópoles.