Saúde e Bem-estar

Por que as mulheres têm mais dificuldade para emagrecer?

Fatores hormonais, metabólicos e emocionais tornam o emagrecimento feminino mais lento e complexo.

A foto mostra mulher tentando emagrecer
Foto: Freepik

Se emagrecer dependesse apenas de disciplina, muitas mulheres já teriam alcançado seus objetivos. No entanto, a realidade costuma frustrar. A balança demora a responder. O inchaço surge sem aviso. O esforço parece maior que o resultado. Esse cenário, portanto, não indica falha pessoal. Ele reflete o funcionamento natural do corpo feminino.

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Segundo o médico Gabriel Almeida, mulheres emagrecem sob regras biológicas próprias. O corpo feminino reage de forma diferente à perda de peso. Assim, comparar resultados com padrões masculinos gera frustração. Além disso, estratégias genéricas ignoram fatores hormonais e metabólicos. Por isso, o processo exige adaptação e paciência.

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Metabolismo reduz o gasto calórico diário

Em geral, mulheres apresentam menor massa muscular. Além disso, possuem maior percentual de gordura corporal. Como consequência, gastam menos energia em repouso. Esse fator reduz o gasto calórico diário. Assim, dietas iguais produzem efeitos distintos entre homens e mulheres.

No início do processo, essa diferença se torna mais evidente. Mesmo com alimentação equilibrada e treino regular, o peso cai lentamente. Ainda assim, o corpo responde. Apenas segue um ritmo próprio. Portanto, constância importa mais do que pressa.

Gordura subcutânea dificulta mudanças visuais

A distribuição de gordura também influencia os resultados. O corpo feminino acumula gordura subcutânea, sobretudo em quadris e coxas. Esse tipo de gordura oferece menor risco à saúde. Porém, ela resiste mais à mobilização.

Por isso, o peso pode diminuir antes das mudanças visuais. O espelho demora a refletir o esforço. Essa discrepância gera sensação de estagnação. Muitas mulheres, então, adotam estratégias extremas. No entanto, essas escolhas raramente se sustentam.

Hormônios alteram apetite e retenção de líquidos

As oscilações hormonais do ciclo menstrual afetam o emagrecimento. No período pré-menstrual, o apetite tende a aumentar. A retenção de líquidos também cresce. Além disso, o humor oscila. Esses fatores distorcem a percepção dos resultados.

Quando a mulher ignora essas variações, interpreta respostas naturais como fracasso. No entanto, o corpo apenas reage às mudanças hormonais. Reconhecer esse padrão reduz a culpa e melhora a adesão ao plano.

Sono, estresse e fome emocional entram na conta

Dormir pouco desregula hormônios da fome e da saciedade. Além disso, reduz a disposição para o exercício. O estresse, por sua vez, eleva o cortisol. Esse hormônio favorece o acúmulo de gordura. Ele também estimula a busca por recompensas rápidas.

Nesse cenário, a fome emocional surge com frequência. Ela não indica falta de controle. Ela sinaliza exaustão física e mental.

Estratégia funciona melhor que culpa

Para Gabriel Almeida, o erro está na comparação. Aplicar a lógica masculina ao corpo feminino compromete resultados. O emagrecimento evolui quando respeita metabolismo, hormônios e rotina. Assim, o processo deixa de ser uma luta diária.

Com mais compreensão e menos cobrança, a perda de peso se torna consistente. O problema, portanto, não está no corpo feminino. Ele surge quando estratégias ignoram como esse corpo funciona.

Com base em informações do portal Terra.

Formada em Letras e Direito, com especialização em Linguística, Literatura e Publicidade & Propaganda. Possui experiência em Gestão Pública e Pedagógica. Atua na editoria de Saúde e Bem-Estar do AQUINOTICIAS.COM, na plataforma Viva Vida.