Saúde e Bem-estar

Uma semana sem redes diminui ansiedade e insônia

Pesquisa indica que menos redes sociais, mesmo por pouco tempo, já melhora sinais de sofrimento mental.

A jovem mostra ao celular - vício
Foto: Freepik

Uma pausa curta nas redes sociais já provoca efeitos positivos na saúde mental. Segundo um estudo da Universidade Harvard, reduzir o uso dessas plataformas por apenas uma semana diminui sintomas de ansiedade, depressão e insônia em jovens adultos. A pesquisa acompanhou hábitos digitais e respostas emocionais ao longo de três semanas. Assim, os dados reforçam o debate sobre o uso excessivo das redes.

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Além disso, os pesquisadores observaram mudanças relevantes no bem-estar psicológico. Mesmo sem abandonar totalmente o celular, os participantes relataram melhora emocional. Dessa forma, o estudo mostra que não é preciso desconectar completamente. O simples ajuste no tempo de uso já produz efeitos mensuráveis.

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O trabalho foi liderado por John Torous, professor da Harvard Medical School. A equipe acompanhou 373 jovens, entre 18 e 24 anos, nos Estados Unidos. Os pesquisadores coletaram dados diretamente dos celulares e aplicaram questionários clínicos. O artigo foi publicado na revista científica JAMA Network Open.

Menos ansiedade, depressão e insônia

Os resultados chamaram atenção. Após sete dias de redução nas redes sociais, os participantes apresentaram queda de 16,1% nos sintomas de ansiedade. Além disso, os sinais de depressão diminuíram 24,8%. Já os sintomas de insônia recuaram 14,5%. No entanto, a sensação de solidão permaneceu estável.

Segundo os autores, esse dado sugere que algumas plataformas ainda cumprem papel social. Portanto, cortar totalmente o uso pode não ser a solução ideal para todos. O equilíbrio parece ser o fator mais relevante.

Menos redes não significa menos celular

Um dado curioso surgiu durante a análise. Apesar da forte redução nas redes sociais, o tempo total de uso do celular pouco mudou. Antes do detox, os jovens passavam cerca de 1,9 hora por dia nas plataformas. Durante a pausa, esse número caiu para 0,5 hora. Ainda assim, eles ocuparam o tempo com outras atividades no aparelho.

Para Torous, isso mostra que o impacto não está apenas na tela. O tipo de conteúdo consumido faz diferença. Assim, personalizar estratégias de uso pode trazer resultados melhores.

Reações diferentes entre os participantes

O estudo também revelou respostas variadas. Alguns jovens relataram grande melhora emocional. Outros sentiram mudanças discretas. Segundo os autores, quem já apresentava sintomas depressivos mais intensos obteve ganhos maiores. Portanto, o efeito depende do perfil e da relação individual com as redes.

O que o estudo permite concluir

Os pesquisadores não defendem uma regra única. Reduzir o uso das redes ajuda parte dos jovens, mas não funciona igual para todos. Além disso, a pesquisa não avaliou por quanto tempo os benefícios duram. Ainda assim, os dados reforçam que pequenas mudanças no hábito digital já favorecem a saúde mental.

Com base nas informações do portal Globo.

Formada em Letras e Direito, com especialização em Linguística, Literatura e Publicidade & Propaganda. Possui experiência em Gestão Pública e Pedagógica. Atua na editoria de Saúde e Bem-Estar do AQUINOTICIAS.COM, na plataforma Viva Vida.