MUG homenageia São Jorge no enredo do Carnaval de 2025
Tanto no cristianismo como no sincretismo, Jorge é da Capadócia, porém é do povo brasileiro.
Em busca pelo tricampeonato, a Mocidade Unida da Glória, MUG, já está a todo vapor para a produção do Desfile das Escolas de Samba 2025. E para o próximo desfile, o Leão da Glória trará para a avenida o enredo “O Guerreiro Da Capa Encarnada – Jorge Do Povo Brasileiro”, em homenagem a São Jorge.
Sob o comando do carnavalesco Petterson Alves e com o enredista, o jornalista e pesquisador de carnaval Léo Soares, o enredo trará uma pegada toda brasileira, onde mostrará a fé, as batalhas do dia a dia do povo brasileiro e a forma que o Santo é cultuado e adorado. Tanto no cristianismo como no sincretismo, Jorge é da Capadócia, porém é do povo brasileiro.
“A MUG levará Jorge para a avenida – ainda estamos estudando a forma mais popular para mostrar um Jorge do povo brasileiro. Aquele que para o povo, alimentado por uma fé, independente de religião, matando dragões do imaginário por dia”, conta Petterson.
E toda a ideia teve início enquanto a escola estava se preparando para o desfile que a consagrou como bicampeã. O carnavalesco conta que o conceito surgiu de uma brincadeira com o vice-presidente Jurandy Machado enquanto eles preparavam a tradicional feijoada de São Jorge. “Eu estava à beira do fogão, junto com o vice-presidente da escola, que é devoto do Santo Guerreiro. Enquanto trabalhávamos, eu brinquei e falei: “Já pensou, Jurandir, se ganharmos o Carnaval e nos tornarmos bicampeões? Disputaríamos o tricampeonato com São Jorge Guerreiro, pois São Jorge é o santo das lutas, das batalhas, das guerras””, relembra.
E assim surgiu a ideia de celebrar o santo que se tornou padroeiro do Brasil. O Jorge, que teria sido um soldado romano nascido na Capadócia, atual Turquia, é uma figura religiosa popular, venerado por católicos e religiões afro-brasileiras. E, por isso, Petterson garante que no desfile terá representado o Jorge do cristianismo e o Jorge forjado em ferro como nos cultos de matriz africana.
“São Jorge é um santo festeiro, que não faz distinção entre seu povo; protege ricos e pobres, pretos e brancos, e os marginalizados. Ele protege a todos e ajuda, sendo uma força que habita a população, para lutar e vencer os dragões imaginários do dia a dia. Por isso, surgiu a ideia de homenageá-lo”, explica o carnavalesco.
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