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Turismo

Etnoturismo ganha força no BR e no mundo com apoio a comunidades

A aposta do Brasil é que o etnoturismo e o turismo de base comunitária não só posicionem o país como destino de beleza natural, mas também um exemplo de preservação cultural e ambiental

Por Redação

5 mins de leitura

em 18 de out de 2024, às 12h00

Comunidades Borari e Raposo I - Divulgação/MTur
Comunidades Borari e Raposo I - Divulgação/MTur

O etnoturismo está crescendo em todo o mundo e se consolidando como uma importante ferramenta de preservação cultural e desenvolvimento socioeconômico. Estimativas do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) indicam que a modalidade deverá injetar US$ 67 bilhões na economia global até 2034; assim, refletindo o crescente interesse por experiências autênticas e sustentáveis que conectam viajantes às tradições de povos originários.

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No Brasil, o Ministério do Turismo tem investido em programas voltados ao turismo de base comunitária. Então, está promovendo roteiros que protegem e disseminam saberes milenares de comunidades indígenas e tradicionais. Sendo assim, as iniciativas não apenas fortalecem as economias locais, mas também favorecem a conservação ambiental. Além disso, criam uma alternativa sustentável de desenvolvimento em regiões de importância ecológica e cultural.

“A valorização das comunidades originárias do Brasil, como as indígenas e quilombolas, é fundamental para promover um turismo que respeite e preserve a nossa diversidade cultural e ambiental. O turismo de base comunitária não só gera renda e oportunidades locais, mas também fortalece a identidade dessas comunidades”, aponta Fabiana Oliveira, coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo.

Roteiros de etnoturismo

Roteiros guiados por membros das comunidades reforçam a ideia de que o turismo pode ser um aliado da preservação ambiental. Assim, a relação entre o visitante e o local é construída com base no respeito à natureza e na adoção de práticas sustentáveis. Então, ao incentivar essas atividades, o governo federal busca combater práticas predatórias como o desmatamento, oferecendo alternativas econômicas que ajudam a proteger territórios e modos de vida.

A aposta do Brasil é que o etnoturismo e o turismo de base comunitária não só posicionem o país como destino de beleza natural, mas também um exemplo de preservação cultural e ambiental. As ações fomentadas pelo Ministério do Turismo em parceria com os povos são um passo importante na criação de uma economia sustentável. Assim, valorizando riquezas imateriais e naturais, beneficiando visitantes, comunidades e o meio ambiente.

Suporte

Uma das ações do MTur para fortalecer o turismo de base comunitária e valorizar culturas tradicionais é o Programa Experiências do Brasil Original. O mesmo orienta a oferta de produtos e serviços turísticos por povos indígenas e quilombolas. A iniciativa busca promover o turismo sustentável em áreas de rica diversidade cultural. Além disso, proporciona aos visitantes uma imersão autêntica nos saberes e modos de vida das comunidades.

Ao certificar os grupos envolvidos, o programa assegura que roteiros turísticos sejam conduzidos de forma responsável, respeitando as tradições e o meio ambiente. As experiências oferecidas incluem atividades a exemplo de artesanato, culinária típica, rituais culturais e visitas a locais de importância histórica e ecológica, garantindo uma vivência genuína e enriquecedora.

O reconhecimento também ajuda a potencializar a geração de renda nas comunidades e recompensam esforços para manter viva e proteger a herança cultural dos territórios. O Experiências do Brasil Original se integra a políticas mais amplas do Ministério do Turismo, voltadas à promoção do desenvolvimento regional inclusivo e sustentável, ao mesmo tempo em que preserva a biodiversidade e os saberes ancestrais.

Mapeamento

O MTur lidera um projeto inovador de mapeamento das comunidades indígenas que atuam no turismo nacional. A iniciativa faz parte do Projeto “Brasil Turismo Responsável”, iniciado em julho de 2024. Ele resulta de cooperação técnica junto ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI), à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O objetivo é identificar povos que desenvolvem atividades turísticas baseadas nos princípios do turismo de base comunitária. Além disso, de catalogar e promover boas práticas, sempre com a concordância dos envolvidos. Para facilitar a coleta de informações, há um formulário eletrônico que pode ser preenchido até 31 de outubro deste. Quem preenche são as comunidades indígenas e organizações públicas e privadas ligadas ao segmento. (Acesse AQUI o formulário).

A ação vai permitir a compilação de dados detalhados das ações em desenvolvimento, possibilitando um diagnóstico mais preciso das necessidades das comunidades e a promoção de seus produtos turísticos. Com a medida, o MTur pretende ampliar o Mapa Brasileiro do Turismo Responsável e contribuir para o fortalecimento de uma rede de turismo sustentável, inclusivo e culturalmente rico, respeitando saberes tradicionais e a autonomia dos povos.

Fonte: Ministério do Turismo

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