Ruínas da Igreja Velha guardam segredos da história de São Mateus
Aliás, a engenhosidade da construção impressiona até hoje. As paredes foram erguidas com pedras trazidas nos navios que atracavam no Porto de São Mateus

Em meio à rica história de São Mateus, uma das cidades mais antigas do Brasil, resistem as ruínas da Igreja Velha, um dos marcos mais simbólicos do período colonial capixaba. Os construtores iniciaram a obra em meados do século XIX com o objetivo de erguer a maior igreja do município, em estilo colonial português.
Em 1853, porém, a falta de recursos do Tesouro Municipal levou a Câmara a interromper as obras. Registros da época indicam que a construção da igreja — então chamada de Matriz da Praça do Campo — demandaria mais de 40 contos de réis e aproximadamente 50 anos para ser concluída.A prioridade acabou sendo a Igreja Matriz da Praça de São Mateus, que precisava de menos investimento e já estava em fase adiantada.
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Aliás, a engenhosidade da construção impressiona até hoje. As paredes foram erguidas com pedras trazidas nos navios que atracavam no Porto de São Mateus. Eles uniram as peças com uma argamassa feita de óleo de baleia e cal extraída dos sambaquis da região de Barra Nova. Com o passar do tempo, moradores reaproveitaram muitas dessas pedras da antiga igreja na construção de novas edificações do município.
Portanto, mais do que uma ruína, a Igreja Velha é um testemunho vivo da fé e da história de São Mateus. A cidade que preserva seu passado em igrejas jesuíticas, casarões coloniais e tradições folclóricas centenárias. Com 43 quilômetros de litoral, o município reúne atrativos como Barra Nova, Guriri, Uruçuquara e o Museu da Imagem e do Som, além de um patrimônio histórico que atravessa séculos e continua encantando visitantes do Espírito Santo e de todo o Brasil.
Com informações da Prefeitura de São Mateus.
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