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Turismo

Santo Antônio: conheça a história de uma das igrejas mais antigas de Cachoeiro

No centro do bairro, que também recebe o nome do santo, a Igreja deu início a uma comunidade

Por Redação

4 mins de leitura

em 13 de jun de 2024, às 09h12

Foto: Divulgação / Diocese de Cachoeiro
Foto: Divulgação / Diocese de Cachoeiro

Mais que um templo, a Igreja de Santo Antônio de Cachoeiro de Itapemirim é um marco na história do município. No centro do bairro, que também recebe o nome do santo, a Igreja deu início a uma comunidade.

Dos registros de tombo da Ordem dos Agostinianos Recoletos, OAR, religiosos que administram o espaço, podemos conhecer um pouco da história dessa Igreja:

  • Em 1934, consta o apontamento sobre a Igreja de Santo Antônio, com o registro de um terreno desde outubro de 1915,
  • Esse terreno pertencia, à época, ao bispado do Espírito Santo (atual Arquidiocese de Vitória) e tinha sido doado pelo Sr. Antônio Vivácqua e por sua esposa Dona Etelvina Vivácqua. No local havia uma construção administrada pelos padres da Congregação do Verbo Divino, que não foi concluída e sem motivo para sua interrupção.

Doação do terreno

Adentrando ao documento, descobrimos que a doação do terreno para construção da igreja ocorreu porque o bairro era uma grande fazenda e o nome da igreja de Santo Antônio é uma homenagem ao Sr. Antônio Vivácqua, devoto do santo português.

Somente no início do mês de agosto de 1934, anos depois da doação, a Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, sob o comando do Dr. Brício Mesquita, idealizou a desapropriação de parte do terreno com fim de dar simetria ao terreno e, em seguida, reiniciar as obras para conclusão da igreja, o que ocorreu no dia 22 de setembro de 1934. Isso com a bênção do pároco – Frei Júlio Suite J. Fortunato José Ribeiro.

No ano de 1936 a igreja de Santo Antônio foi beneficiada pela compra de um harmônio (instrumento musical), bancos e a via sacra, mas sua construção ainda não estava concluída.

A construção da Igreja de Santo Antônio. pelos Frades da Ordem dos Agostinianos, durou de 1934 até 1954. Neste período de término das obras, a igreja era utilizada para as celebrações litúrgicas e reuniões.

Em 8 de dezembro de 1953, foi erigida a Paróquia Nossa Senhora da Consolação, desmembrada da Paróquia São Pedro (Catedral). Em agosto de 1954, foi celebrada, pela primeira vez, na Igreja de Santo Antônio, a novena de Nossa Senhora da Consolação, com solene procissão conduzindo a imagem da Mãe da Consolação da Igreja São Pedro até a Igreja de Santo Antônio.

Paróquia Nossa Senhora da Consolação

No dia 6 de janeiro de 1955, foi instalada a Paróquia Nossa Senhora da Consolação com matriz provisória na Igreja de Santo Antônio, data também em que os Frades Agostinianos Recoletos entregaram o governo da Paróquia São Pedro ao Bispo Diocesano Dom José Joaquim Gonçalves que designou novo vigário àquela paróquia.

A Igreja de Santo Antônio serviu de sede provisória à Paróquia Nossa Senhora da Consolação de 6 de janeiro de 1955 até o dia 28 de maio de 1960. Entretanto, em 29 de maio de 1960 foi inaugurada a Igreja de Nossa Senhora da Consolação, tornando-se a Matriz Paroquial.

A Igreja de Santo Antônio permaneceu fechada desde então, sendo utilizada esporadicamente para reuniões. Sendo assim, só retomou suas atividades eclesiais quando da instalação das Comunidades Eclesiais de Base e após reforma. Isso porque, em razão do tempo e pouco uso, o altar-mor de madeira foi consumido por cupins.

Atualmente, as atividades seguem ocorrendo e fazem com que o templo seja um local de encontro e de gratidão. A população e os turistas mais frequentes são participativos, principalmente idosos e crianças. Todo ano a mobilização é maior na Semana Santa e na festa do padroeiro.

primeiro altar da igreja de Santo Antônio em Cachoeiro
Primeiro altar da igreja de Santo Antônio. Foto: Divulgação / Diocese de Cachoeiro

Fonte: Diocese de Cachoeiro de Itapemirim

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