Saúde e Bem-estar

Walking Dead no Brasil: epidemia de Zolpidem

Zolpidem virou crise de saúde pública no Brasil; controle rígido e orientação médica podem reduzir a epidemia.

Por Beatriz Fraga

2 mins de leitura

em 13 de jun de 2025, às 10h31

Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O consumo de zolpidem explodiu no Brasil nos últimos anos. A Anvisa registrou aumento de 13,6 mi para 23,3 mi caixas entre 2018 e 2020 — alta de 71 %. Além disso, especialistas associam esse crescimento a uma crise de saúde pública .

Uso abusivo e riscos graves

Médicos relataram casos de pacientes que ingeriram entre 40 a 300 comprimidos num só dia. Conectivamente, esse consumo exagerado provocou dependência física e psíquica, alucinações, sonambulismo, convulsões e até acidentes.

Prescrição facilitada

Anteriormente, a Anvisa permitia prescrição em receita branca para doses menores que 10 mg. Contudo, essa norma já promovia acesso fácil e automedicação, impulsionando o abuso.

Nova norma de controle

A partir de 1º de agosto, Anvisa obrigará receita azul controlada para todas as doses de zolpidem. Além disso, especialistas recomendam maiores restrições, como retorno da receita B1, limitação de amostras grátis e avaliação médica criteriosa.

Caminhos para reduzir o abuso

Especialistas exigem prescrição responsável e educação sobre higiene do sono. Eles reforçam que zolpidem serve apenas para uso curto (máximo quatro semanas). Além disso, sugerem terapias não farmacológicas, como educação sobre ambiente e rotina de sono.

Comparação global

Médicos apontam analogia com a crise de opioides nos EUA, em que uso leve desencadeou dependência massiva. Nesse contexto, reforçam que controle rígido e orientação médica podem frear abuso.

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