Saúde e Bem-estar

Autismo severo: entenda melhor

O autismo severo (nível 3) exige apoio intensivo. Veja como a intervenção precoce pode ajudar no desenvolvimento da criança.

Por Beatriz Fraga

3 mins de leitura

em 25 de abr de 2025, às 11h53

Foto: Freepik
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O caso de Wilma, mãe solo de Neemias, um garoto de 10 anos com autismo severo (nível 3), ganhou destaque no país. Neemias precisa de cuidados 24 horas por dia e, durante crises, se machuca e agride sua mãe. A situação exige, assim, recursos urgentes para que Wilma possa reconstruir sua casa e proporcionar um tratamento adequado ao filho, refletindo a realidade de muitas mães em situações semelhantes.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a forma como a pessoa se comunica e interage com o mundo. Conforme o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), o autismo é classificado em três níveis, com base na necessidade de suporte. O autismo nível 3, também conhecido como autismo severo, exige o maior nível de apoio para a realização de atividades diárias.

O que é o autismo severo?

Embora o DSM-5 não utilize o termo “autismo severo”, muitos profissionais e famílias adotam essa nomenclatura para descrever o autismo nível 3. Nesse nível, as pessoas apresentam déficits graves na comunicação e nas interações sociais. Além disso, há uma forte dependência de cuidadores para realizar atividades simples, como vestir-se, tomar banho ou comer.

Características do autismo nível 3

Indivíduos com autismo severo enfrentam grandes desafios em diversas áreas. Entre as características mais comuns, estão:

  • Comunicação: Dificuldade significativa em se comunicar, tanto verbal quanto não-verbal, o que impede interações sociais eficientes.
  • Comportamentos restritos: A inflexibilidade diante de mudanças e a presença de comportamentos repetitivos impactam negativamente as interações diárias e a adaptação a novas situações.
  • Dificuldade em mudanças: Pessoas com autismo nível 3 costumam ter extrema dificuldade em lidar com transições, o que pode gerar grande sofrimento.

Diagnóstico do autismo nível 3

O diagnóstico do autismo nível 3 exige uma avaliação de uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros profissionais. É fundamental procurar orientação de especialistas, como pediatras ou psiquiatras infantis, ao observar sinais de TEA.

Como ajudar uma criança com autismo nível 3?

É essencial que a família acredite no potencial de desenvolvimento da criança e inicie intervenções o quanto antes. Investir em treinamento de pais e práticas baseadas em evidências científicas pode fazer toda a diferença. Além disso, estimular a independência e envolver a criança em atividades cotidianas é fundamental para seu progresso.

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